Na sua primeira missa dominical desde a decisão da Arquidiocese de São Paulo de proibir a transmissão online do rito, o Padre Júlio Lancellotti afirmou que as ações da Pastoral da Rua, que atende pessoas em situação de rua, vêm sendo alvo de conspirações. O sacerdote falou neste domingo, dia 21, ressaltando a importância do trabalho social realizado pela região.
Ele destacou que as atividades da pastoral vão além da fé: há acolhimento, assistência social e cooperação entre moradores da cidade. Entre os exemplos citados, ele mencionou a padaria mantida pela doação de todos, que produz 2 mil pães e os distribui em diversos locais, sem qualquer custeio público ou de outras instituições.
O padre voltou a defender grupos discriminados, como os moradores de rua, os sem-terra, povos indígenas, negros, palestinos e mulheres. “Até o fim, nós estaremos com aqueles que lutam pela terra, pelos povos indígenas, pelas mulheres, pelos negros, por todos os que são discriminados, pela Palestina livre”, afirmou, ressaltando o compromisso da igreja com esses temas sociais.
Embora tenha sido proibido de usar as redes sociais, a missa foi transmitida ao vivo pela Rede Jornalistas Livres, via Instagram, mantendo o público informado sobre as ações pastorais. A Arquidiocese de São Paulo não se manifestou até o momento.
As ações da Pastoral da Rua seguem em frente, fortalecidas pela colaboração de voluntários e de diferentes entidades que apoiam quem vive nas ruas da região, demonstrando o papel da igreja na proteção de direitos e na assistência solidária. A importância dessa atuação ganhou reforço ao longo da celebração, em meio a controvérsias sobre o papel das instituições religiosas na sociedade.
Como leitor, qual é sua opinião sobre o papel de líderes religiosos na defesa de grupos vulneráveis e na mobilização de ações sociais? Compartilhe seus pensamentos nos comentários e participe deste debate essencial para a cidade.

Facebook Comments