A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou-se sobre uma fala de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Flamengo, ocorrida durante um evento do clube carioca na terça-feira, 23/12. Bap criticou uma reportagem da jornalista Renata Mendonça, chegando a fazer ataques à aparência dela.
Leila Pereira expressou solidariedade à Renata Mendonça, vítima de um “ataque machista”. Em nota, a dirigente afirmou: “Infelizmente, ainda existem homens que desprezam o trabalho das mulheres no futebol. Mas não vamos baixar a guarda! Seguiremos lutando para mostrar que lugar de mulher é onde nós quisermos!”
A reportagem de Mendonça, que irritou o cartola, abordou a falta de estrutura do centro de treinamento da equipe feminina. Enquanto a receita do Flamengo para 2025 é estimada em R$ 2 bilhões e os salários do time masculino são milionários, as atletas enfrentam investimentos menores e infraestrutura abaixo do esperado.
Em resposta, Bap fez comentários que incluíram críticas à imprensa esportiva e referências que, segundo analistas, carregaram tom machista, alimentando o debate sobre o papel do jornalismo e o apoio ao futebol feminino. Trechos citados sugerem uma cobrança por maior investimento em direitos de transmissão e em patrocínios.
A nota de Leila Pereira, publicada como resposta institucional, reforça a solidariedade à Renata Mendonça, condena a misoginia e defende condutas exemplares por parte de dirigentes. A dirigente ressaltou a importância de avançar com investimentos no futebol feminino em condições justas e igualitárias.
Esse episódio reacende o debate sobre desigualdade entre futebol masculino e feminino no Brasil, especialmente em infraestrutura, patrocínio e cobertura midiática. O tema convoca clubes, imprensa e torcedores a refletirem sobre o papel de cada um na construção de um ambiente esportivo mais inclusivo.
E você, qual é sua leitura sobre o episódio e o tratamento dado às jornalistas esportivas? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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