Um vídeo divulgado pelo Comando dos EUA mostra mísseis sendo lançados de um navio de guerra americano durante ataques contra alvos do Estado Islâmico na Nigéria em 25 de dezembro de 2025. A imagem, apresentada como captura de tela do YouTube, acompanha relatos de ataques aéreos no noroeste do país, no estado de Sokoto, direcionados a campos do Estado Islâmico em coordenação com as autoridades nigerianas e sob ordens do presidente e do Secretário de Guerra dos EUA. As avaliações iniciais indicam que vários terroristas do Estado Islâmico teriam sido mortos, segundo o comando.
Os ataques ocorrem semanas após o presidente dos EUA, Donald Trump, redesignar a Nigéria como País de Preocupação Especial no fim de outubro, citando perseguição sistemática de cristãos por grupos extremistas. A designação, realizada ao abrigo da Lei Internacional de Liberdade Religiosa, seguiu pressão de organizações de defesa dos direitos cristãos e elevou o debate sobre violação de direitos humanos no país.
Em publicação do Comando dos EUA para a África (AFRICOM), o ataque foi descrito como parte de esforços para combater o extremismo e proteger vidas. Dagvin Anderson, comandante do AFRICOM, afirmou que a operação integra ações com parceiros nigerianos e regionais para intensificar a cooperação no combate a organizações extremistas violentas. O comando ressaltou que não divulgaria mais detalhes para não comprometer a segurança operacional.
Relatos de organizações de direitos humanos apontam que os cristãos na Nigéria enfrentam risco desproporcional. Entre 2019 e 2023, Portas Abertas e o Observatório para a Liberdade Religiosa na África indicaram que as mortes de cristãos superaram significativamente as mortes de muçulmanos ligadas à violência extremista. A Nigéria já havia sido designada como País de Preocupação Especial durante o primeiro mandato de Trump, designação revogada em 2021.
O governo nigeriano rejeitou as alegações de perseguição religiosa direcionada, afirmando que cristãos e muçulmanos sofrem e que as condições de segurança melhoraram nos últimos anos. A visão de Washington, no entanto, é de que a violência extremista no país representa uma preocupação de segurança e direitos humanos que permanece em aberto.
O AFRICOM reiterou que continuará avaliando os resultados da operação e trabalhando com parceiros nigerianos e regionais para enfrentar organizações extremistas que atuam no país. A situação na Nigéria, entre segurança e liberdade religiosa, segue complexa e em constante evolução.
E você, o que acha dessa escalada militar e da designação de País de Preocupação Especial para a Nigéria? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte como essa pauta impacta a percepção sobre segurança e direitos humanos na região.

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