O impeachment do presidente Júlio Casares, do São Paulo FC, ganhou impulso no clube após o protocolo de um pedido de afastamento em 23 de dezembro, com 58 assinaturas, incluindo 13 de conselheiros que já o apoiavam. O processo avançou para o Conselho Consultivo, que encaminhou a discussão ao Conselho Deliberativo para avaliação, em data ainda não confirmada, com a possibilidade de Casares apresentar sua defesa. A expectativa inicial é que a reunião ocorra em 12 de janeiro.
Para aprovar o impeachment, é necessária maioria qualificada de dois terços no Conselho Deliberativo, ou seja, 171 votos dos 255 possíveis. Se a maioria for alcançada, o afastamento do presidente é provisório, até o desfecho definitivo. Em até 30 dias após a votação, será convocada uma Assembleia Geral de sócios, cuja decisão exige maioria simples para ratificar ou não o afastamento.
O cenário político dentro do Morumbi vem se tornando complexo. A saída de Carlos Belmonte enfraquecera a base de Casares, embora o orçamento para 2026 tenha sido aprovado. Além disso, um áudio vazado revelou um esquema clandestino de venda de camarotes em eventos do clube, levando Mara Casares e Douglas Schwartzmann a se afastarem de seus cargos. O Ministério Público de São Paulo solicitou abertura de um inquérito, e o São Paulo iniciou sindicâncias internas e externas.
O Conselho Consultivo não tem poder de vetar o impeachment, mas sua opinião deve ser considerada pelo Conselho Deliberativo e pode influenciar as discussões que levarão à decisão final. O pedido de afastamento, protocolado em 23 de dezembro com 58 assinaturas, incluiu 13 conselheiros que já apoiavam Casares; outros 22 conselheiros também pediram afastamento, porém com diferente ímpeto. Após o protocolo, abriu-se prazo para convocação da reunião extraordinária.
Se Casares for destituído, o vice-presidente Harry Massis Junior assumirá a presidência até a eleição de 2026, que será indireta, com os conselheiros elegendo o novo dirigente do São Paulo FC. A crise se intensificou com denúncias de supostos desvios de verbas em negociações de atletas e com o avanço de investigações sobre a venda de camarotes, fortalecendo a oposição que já busca o afastamento de Casares e a conquista de 2026.
Além disso, a situação é marcada por tensões internas e pela pressão por transparência, à medida que surgem novos elementos sobre a governança do clube. O caso segue rendendo debates entre torcedores, conselheiros e a torcida, com a gestão ainda sob escrutínio até o desfecho do processo de impeachment.
Acompanhe os próximos desdobramentos sobre o impeachment no São Paulo FC e participe: quais impactos você vê para o clube e para a torcida caso Casares seja destituído ou permaneça no cargo? Deixe seu comentário com suas opiniões e perguntas.

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