Meta descrição: Advogado Ewerton Carvalho, criador do projeto Favela Forever, denuncia violência doméstica e feminicídio em Ferraz de Vasconcelos; dados de feminicídios em SP em 2025 indicam recorde.
Conhecido por criar o projeto “Favela Forever”, que defende vítimas de acusações injustas, o advogado Ewerton Carvalho denunciou um caso de violência doméstica e tentativa de feminicídio ocorrido no sábado (27/12) em Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo.
A irmã dele, Karina Carvalho, conhecida nas redes como Lady Vamp, participava de uma festa em casa de uma amiga na sexta-feira (26/12). O suspeito, Venâncio Augusto Andreotti, tatuador, teria ingerido bebida alcoólica e afirmado que a mulher estava se insinuando para outros homens da festa. Depois de uma confusão, a dupla foi expulsa e o acusado depredou um ponto de taxi na rua. As agressões teriam ocorrido quando voltaram para casa.
“Esse verme tentou acabar com o rosto da minha irmã”, disse Ewerton, destacando que se ela não tivesse se defendido, poderia ter sido pior. “Decidi fazer aquele vídeo para que as pessoas soubessem de tudo e também incentivar que outras possíveis vítimas aparecessem”, completou.
Recorde de feminicídios em SP
Entre janeiro e outubro de 2025, a cidade de São Paulo registrou 53 casos de feminicídio, o maior número desde 2015, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). No estado, foram 207 casos no mesmo período, com 101 ocorrências no interior e 40 na região metropolitana — excluídos os dados do município de São Paulo. O aumento é de 8% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando foram 191 casos.
O advogado explicou que fez a denúncia rapidamente pelas redes sociais logo após registrar o boletim de ocorrência, com o objetivo de proteger a irmã. “A gente vê muitas mulheres morrendo abraçadas com medidas protetivas. Expôr o caso rapidamente pode ajudar a protegê-la e incentivar que outras possíveis vítimas se apresentem”, afirmou.
Após o vídeo, o suspeito ligou para a família, chorou e afirmou que não lembrava do que tinha acontecido.
“Vivemos em um país onde o criminoso se sente à vontade para andar solto e seguir cometendo ameaças, perseguindo as vítimas. Ao tornar público o rosto de um criminoso assim, as pessoas sabem quem é e tudo o que aconteceu; isso facilita uma resposta imediata até que as autoridades atuem. A Justiça já notificou o agressor e, mesmo não cabendo garantias, minha irmã está amparada e seguimos com o suporte jurídico”, afirmou.
A reportagem não localizou a defesa de Venâncio Augusto Andreotti; o espaço segue aberto para manifestações.
Como você enxerga a atuação de vítimas, familiares e autoridades diante de casos de violência contra mulheres e a eficácia das denúncias públicas na proteção de quem sofre esse tipo de violência? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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