Em resposta ao Tribunal de Contas da União (TCU), o Banco Central (BC) informou que a liquidação do Banco Master ocorreu devido a uma profunda e crônica crise de liquidez e a um grave e reiterado descumprimento de normas por parte da empresa de Daniel Vorcaro.
Conforme reportagem do Estadão, o BC afirmou ainda que, sete dias após decretar a liquidação, enviou nova comunicação de crime ao Ministério Público Federal (MPF) por suspeitas na condução da instituição.
O regulador identificou indícios de gestão fraudulenta, operações sem lastro e uso de artifícios para criar aparência de legalidade em transações desprovidas de substância econômica.
De acordo com documento sigiloso enviado pelo BC ao TCU na segunda-feira (29), as evidências sugerem que recursos do Master foram “reciclados por meio de uma cadeia de fundos e sociedades interpostas”, com o objetivo de dar aparência formal a transações com a mesma origem e o mesmo beneficiário final.
“Tal dinâmica, além de violar princípios de transparência e segregação fiduciária, pode configurar fraude na gestão e simulação de operações financeiras”, afirmou o Banco Central.
O BC destacou que a liquidação do Master, decretada em novembro, foi a solução adequada após o esgotamento de alternativas e de problemas identificados no mapeamento inicial. Uma reversão poderia acarretar danos graves ao sistema financeiro.
O documento foi enviado ao TCU em resposta ao pedido de explicações feito pelo ministro Jhonatan de Jesus, relator do processo que analisa as providências adotadas pelo BC em relação ao Master, que havia apontado possível precipitação da regulação.
Ainda segundo o Estadão, o BC apresentou uma lista de irregularidades identificadas durante a supervisão, incluindo: atrasos na entrega de documentos contábeis, esgotamento de carteiras de crédito geradoras de caixa, comprometimento da solvência do conglomerado, incapacidade de recompor o recolhimento obrigatório, operações estruturadas sem fluxo financeiro relevante e cessação de carteiras de crédito ao BRB com ativos considerados insubsistentes ou cuja existência não pode ser comprovada.
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