Jovem britânico morre aos 26 anos após batalha contra tumor cerebral agressivo
Quando passou a ter tonturas e coriza em meados de 2022, o britânico Kieran Shingler, 26 anos, imaginou tratar-se apenas de gripe. Na verdade, eram os primeiros sinais de um tumor cerebral de crescimento rápido, um astrocitoma grau 3, que o acompanhou por anos até a morte, em dezembro deste ano.
Ao atendimento inicial, a suspeita foi meningite. Uma tomografia mostrou uma massa no cérebro e a ressonância revelou o bloqueio da circulação do líquido cefalorraquidiano entre o crânio e a coluna, causado pelo tumor.
O jovem foi submetido a uma ventriculostomia endoscópica do terceiro ventrículo (ETV) para drenar o líquido preso e, em seguida, passou por uma cirurgia para remover o máximo possível do tumor e coletar amostras para biópsia.
A avaliação confirmou a presença de um astrocitoma de grau 3, tumor cancerígeno de rápido crescimento. Entre os sintomas associados destacavam-se dores de cabeça, alterações na fala, mudanças na visão, déficits cognitivos e convulsões.
Sintomas mais comuns de tumores cerebrais
- Dores de cabeça.
- Alterações na visão.
- Convulsões.
- Problemas de equilíbrio.
- Mudanças de humor e personalidade.
- Dificuldades na fala e na memória.
Idas e vindas do tumor
Shingler apresentou perda de memória a curto prazo, febre e dores intensas após a segunda cirurgia. Além disso, os médicos relataram que a ETV não surtiu o efeito esperado e um novo procedimento teve de ser realizado para desviar o líquido do cérebro para outra região do corpo, no final de 2022.
Em janeiro de 2023, o jovem iniciou 30 sessões de radioterapia e quimioterapia para conter o avanço da doença. Em fevereiro, exames mostraram diminuição do tumor, mas cinco meses depois a lesão voltou a evoluir.
Ao trocar a linha quimioterápica para a lomustina, o tumor perdeu força novamente, mas a terapia foi interrompida quando os médicos constataram que afetava o fígado. Mesmo assim, a esperança da família continuava.
“Em todos os exames trimestrais que fazíamos, nos informavam que o tumor dele estava diminuindo cada vez mais. O tumor, que começou com 5,5 cm, diminuiu para 0,35 cm”, contou Abbie Henstock, ex-namorada do jovem, em entrevista ao Daily Mail.
Retorno do tumor e morte
O plano era fazer uma pausa no tratamento para permitir a recuperação do fígado e retomar com lomustina. Contudo, um exame realizado em junho deste ano indicou novo crescimento cancerígeno. Sem resposta aos tratamentos, Kieran não resistiu e faleceu em 14 de dezembro, próximo ao Natal.
Em comunicado, a família lamentou a perda, mas disse que, apesar da dor, ele lutou por mais de três anos contra a doença.
“Ele não sente mais dor, está livre do câncer e está lá em cima com sua linda mãe. Não sabemos como vamos seguir em frente sem ele, mas vamos, pois era isso que ele gostaria”, lamentaram os familiares.
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