Guerra na Ucrânia chega a seu terceiro mês sem perspectiva de fim próximo

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Eram apenas três dias, que viraram três meses. Desde o dia 24 de fevereiro a Ucrânia vive um intenso conflito que já deixou, aproximadamente, quatro mil civis mortos, de acordo com a Procuradoria Geral ucraniana. Desse total, 234 eram crianças. Mas, não é só essa devastação que o conflito deixou. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 6,5 milhões de pessoas já deixaram o Leste Europeu e foram para outro país em decorrência da guerra. Dentro do território ucraniano o cenário não é diferente, mais de oito milhões estão deslocados internamente desde o início do conflito.

Nessa fase do conflito, após conquistar a cidade portuária de Mariupol as tropas russas pretendem acabar com os últimos focos de resistência na região de Lugansk, na bacia de mineração do Donbass ??? local controlado por separatistas Pró-Rússia e que Vladimir Putin declarou que deseja conquistar depois que afastou suas forças das duas grandes cidades do país, a capital Kiev e Kharkiv. Nesse último mês, outros dois temas entraram em pauta: a chance de um Terceira Guerra Mundial, já que o ministro russo afirmou que há essa possibilidade, e o interesse russo em conquistar a Transnístria, uma região da  Moldávia dominada por separatistas Pró-Rússia.

Três meses de guerra

 

O conflito entre os países parece longe do fim, já que as rodas de negociações de cessar-fogo estão paralisadas. ???As próximas semanas de guerra serão difíceis???, advertiu na segunda-feira, 23, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. ???Os ocupantes russos se esforçam para demonstrar que não abandonarão as zonas ocupadas da região de Kharkiv, que não entregarão a região de Kherson, os territórios ocupados da região de Zaporizhzhia e o Donbass???, insistiu. A situação é ???extremamente difícil??? no Donbass, onde os russos tentam ???eliminar tudo o que está vivo???, afirmou Zelensky.

A Rússia tem concentrado seu ataque no reduto de resistência ucraniano de Luhansk, com a tentativa de cercar as cidades de Severodonetsk e Lysychansk, separadas pelo rio Donets. O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que a região é bombardeada ???as 24 horas do dia???, mas, apesar disso, muitos moradores se recusam a fugir. ???As pessoas não querem sair???, lamentou o vice-prefeito de Bakhmut, Maxim Sutkoviy, diante de um ônibus vazio que deveria afastar os civis da frente de batalha.

Em decorrência da escalada do conflito e das ameaças russas, Finlândia e Suécia, que sempre se orgulharam da sua neutralidade, decidiram fazer parte da Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan), para aumentar sua segurança ??? coisa que a Turquia não quer, e basta um voto contra para que elas não sejam aprovadas. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou que quase 20 países ofereceram novos pacotes de assistência em segurança para a Ucrânia. Entre o material entregue pelos ocidentais está o sistema lança-mísseis antinavios Harpoon, prometido pela Dinamarca, que pode permitir à Ucrânia romper o bloqueio naval imposto pela Rússia no porto de Odessa, no Mar Negro.

ofensiva russa

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