Lacen-BA identifica quatro tipos de subvariantes da ômicron na Bahia

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O Laboratório Central da Bahia (Lacen-BA) identificou quatro subvariantes da ômicron no estado. Segundo a Sesab, 873 amostras coletadas durante o primeiro trimestre desse ano foram analisadas pelo Lacen e 799 sequências foram divulgadas. A análise detectou 730 infecções por subvariantes da ômicron, ou seja, mais de 90% dos sequenciamentos realizados.
 
Do total, o maior número de casos é do subtipo BA.1, com 660 infectados. A variação BA.1.1 registra 57 ocorrências, seguida pela BA.2, com 11. A mais recente, identificada em abril, é a XF, que tem duas confirmações.
 
“O objetivo do vírus ao se replicar é exatamente isso, garantir sua sobrevivência. No entanto, quando a gente tem um cenário onde a gente tem pacientes vacinados a gente sempre entende que a gente não tem como avaliar exatamente essa força do vírus já que a gente tem está encontrando pessoas vacinadas”, afirmou a diretora-geral do Laboratório Central da Bahia, Arabela Leal ao G1.
 
“O maior problema é no momento em que a gente encontra pessoas que não foram vacinadas. Aí é que a gente vai entender como é que está essa força do vírus”, completou.
 
As subvariantes foram registradas em pacientes de 193 dos 417 municípios baianos. O maior número de contaminações foi em Eunápolis, no extremo sul do estado, com 176 registros da sub-variante BA.1, seguido de Salvador, com 99.
 
“Essas subvariantes estão circulando no Brasil inteiro, inclusive nesse momento nós estamos fazendo análises de outras amostras porque no Rio, em São Paulo e em outros estados já temos circulações da AB.4 e AB.5. Isso é causado pela movimentação humana”, revelou Arabela Leal.
 
O aumento de casos da Covid-19 volta a preocupar autoridades da área da saúde. O município de Serra Dourada já cancelou os festejos juninos para evitar a proliferação do coronavírus.
 
Para o coordenador do Laboratório de Virologia da Universidade Federal na Bahia (Ufba), Gúbio Soares, a presença das subvariantes no estado acende um alerta para a necessidade de manter os cuidados para limitar o avanço do coronavírus.
 
“Se você tem sintomas, não vai para festa, não entre em contato com pessoas. Se você está em estado gripal, use máscara. A chance de não ter um pico maior pós-festa existe, essa é a realidade”, opinou Gúbio Soares.

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