Gasolina cara: motoristas na estrada na volta do feriado optam pelo etanol

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O movimento é grande nas rodovias mineiras com a volta para casa depois do feriado de Corpus Christi. E os motoristas vivem uma situação em particular por causa de mais um reajuste dos preços da gasolina, anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17/6) e já repassado para os consumidores. Com a alta, condutores de carros de passeio estão optando por abastecer com etanol, que em alguns lugares até diminuiu o valor do litro.

Era o que se observava na manhã deste domingo (19/6) no posto Trevo, na BR-381, em Bom Jesus do Amparo. O preço do etanol no posto é R$ 5,29, R$ 0,10 a menos que o valor anterior, enquanto a gasolina comum aumentou R$ 0,10, passando para R$ 7,79 o litro.

O vendedor Welington André de Almeida, de 50 anos, estava no posto depois de iniciar a viagem de volta a partir de Barão de Cocais. Ela conta que abastecer o carro na cidade de origem do trajeto está praticamente inviável (a gasolina era encontrada por R$ 8,20 o litro), e por isso resolveu encher o tanque no caminho da estrada, optando mesmo pelo etanol. “Depois de mais esse aumento eu, que sempre coloquei gasolina, passei para o etanol. Gasolina está inviável”, diz.

No exercício da profissão, Welington está a todo tempo na estrada e conta que, por isso, qualquer economia é bem-vinda. “Está quase R$ 3 a diferença de preço entre a gasolina e o etanol. No fim do mês, economizo quase meio tanque a cada viagem que eu faço. Agora é o etanol mesmo, e vamos ver se abaixa mais, se os estados vão aderir a essa isenção divulgada pelo governo federal. Isso para gente poder trabalhar ganhando um pouco mais. Hoje está empatado”, se queixa.

‘Vender o carro’

O mecânico Victor Lopes Ribeiro, de 34 anos, também estava no posto, e em clima de despedida. Para ele, a alternativa diante de tanto reajuste é mesmo se desfazer do carro. A opção de Victor sempre foi a gasolina, já que no caso específico do seu automóvel o consumo de etanol é bem elevado. Como impacto das altas nos preços dos combustíveis, ele conta que precisará arrumar outros jeitos para trabalhar, como recorrer a aplicativos de transporte.

“Esse aumento pegou todo mundo de surpresa, e chega uma hora que a gente vai pagar para trabalhar. Além do combustível, tem também todos os outros gastos, como o IPVA, os pneus, que subiram muito de preço. A solução é vender o carro, não vejo luz no fim do túnel”, desabafa.

O aposentado Carlos Augusto, de 61 anos, viajava com a família saindo de Itabira. ?? adepto do etanol há cerca de dois anos. “Abasteço com etanol por causa do preço da gasolina e vou continuar. ?? mais em conta e agora mais ainda. ?? a opção que temos”, diz.

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