Após visita à Tabatinga, Aras diz que volta para Brasília com �??disposição para defender a Amazônia�??

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve no Amazonas neste domingo, 19, para acompanhar os desdobramentos do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips. Aras viajou para Tabatinga, onde fica a sede do Ministério Público Federal (MPF) mais próxima ao local do crime e com competência para atuar na região. O procurador-geral disse que volta para Brasília �??com disposição de mover as instâncias do Estado para a defesa da Amazônia e seus cidadãos, isolados ou não�?�. A primeira reunião foi com representantes do Exército, Polícia Federal (PF) e Fundação Nacional do Índio (Funai) para discutir ações conjuntas contra organizações criminosas que atuam na região e contra violações aos direitos indígenas. Em seguida, Aras se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Alberto Rodrigues, o procurador-geral de Justiça do Estado, Alberto Rodrigues, e o promotor Elanderson Lima Duarte, que acompanha o caso pelo Ministério Público do Amazonas.
A terceira reunião foi com cinco lideranças indígenas, que relataram como as comunidades têm feito a vigilância do território no lugar das Forças de Segurança, principalmente contra a pesca ilegal. Eles pediram apoio na região do Vale do Javari. A área na fronteira com o Peru e a Colômbia se tornou umas das mais perigosas no país, com invasões de traficantes, garimpeiros, madeireiros e caçados ilegais. A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) diz que, antes do assassinato de Bruno e Dom, alertou as autoridades, incluindo o Ministério Público Federal, mas o problema da falta de segurança na região não foi resolvido. �??As autoridades competentes, responsável pela proteção territorial e de nossas vidas, têm ignorado nossas denúncias, minimizando os danos, mesmo após o assassinato dos nossos parceiros, Pereira e Phillips�?�, diz o comunicado divulgado na sexta-feira, 17, pela entidade.
O MPF move, desde 2018, uma ação em conjunto com a Defensoria Pública da União para obrigar o governo federal e a Funai a ampliarem a fiscalização das terras indígenas no Amazonas. Em nota divulgada após o crime, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão disse que o �??poder público tem sistematicamente negligenciado sua obrigação de preservar tanto o meio ambiente quanto os povos originários�?�. �??Urge que a União reforce a atuação dos órgãos de controle naquela região do País. O apoio das forças de segurança aos agentes da Funai deve ser diuturno, de modo a preservar a integridade física deles e, por conseguinte, das populações indígenas por eles protegidas�?�, diz a nota assinada pelo procurador Carlos Alberto Vilhena.
Leia também Instituto Oswaldo Cruz identifica novo caso de varíola dos macacos no Rio de Janeiro Ministério da Saúde anuncia nesta segunda 4ª dose da vacina para quem tem 40 anos ou mais *Com informações do Estadão Conteúdo

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