Rafael Miranda vê saída do Galo por opção de Kalil: ‘Gestão imediatista’

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Ex-volante do Atlético, Rafael Miranda comentou a saída do clube para defender o Athletico-PR, em 2009. Em entrevista ao Superesportes, ele falou sobre a decisão ter sido quase exclusiva de Alexandre Kalil, presidente do Galo na época. 

'Cria' da base, Rafael estava no Alvinegro há cinco anos. No início daquela temporada, o técnico Emerson Leão garantiu que contava muito com o então volante e prometeu lugar no time até que saísse. No entanto, Celso Roth assumiu a equipe no segundo semestre, e o novo treinador não quis criar desgaste com a diretoria. 
“Quando muda a gestão e entra o Kalil, ele já chegou querendo trocar tudo. Não queria quem vinha de 2007 e 2008, e eu era um dos mais velhos do time. Foi uma opção da diretoria em me liberar. Mas eu também percebi que não poderia entregar muito mais para o Galo”, disse o ex-jogador, em participação no Por Onde Anda?.
O Xodó da Vovó, como é conhecido até hoje o ex-volante do Galo, conta que ficou muito chateado com a decisão, mas depois entendeu o lado do dirigente alvinegro.
“Claro que no início é um choque, você fica chateado. Poxa vida, estou aqui me dedicando a tanto tempo. ??s vezes não é da forma que a gente gostaria, altos e baixos, momento ruim e outro melhor, mas o meu comprometimento sempre foi o melhor possível. A tentativa de ser o máximo profissional possível. No início, você fica chateado, mas depois vai passando, começa a entender o lado do outro. O cara é diretor, está ali, quer o melhor para o clube, achou que não era o ideal”, afirmou Rafael.
Ele também analisa a saída como resultado da 'gestão mais imediatista' de Kalil. Segundo o ex-jogador, o então mandatário do Atlético não pensava a longo prazo, mas sim em ganhar a qualquer custo. 
“Claro que algumas formas de tratamento, em alguns momentos, aquilo me deixou, às vezes, mais chateado, mas isso a gente vai acostumando. Futebol tem muito isso. Hoje não tenho problema nenhum, você vai tentando entender o lado da outra pessoa”, disse.

“O tipo de gestão dele é mais imediatista, de querer ganhar e fazer a qualquer custo, um bom elenco e vamos ganhar, meio que sem pensar muito no futuro. Uma escolha que acabou dando certo, na Libertadores (de 2013). Mas é um negócio pensado mais no presente, não a longo prazo”, comentou.

No Atlético, Rafael Miranda participou de 153 jogos (75 vitórias, 37 empates e 41 derrotas), com quatro gols marcados. Ele estreou como profissional em 2003 e ficou até 2009. Além do Athletico-PR, defendeu o Marítimo-POR, Bahia, ABC, Ferroviária e Vitória de Guimarães-POR. 

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