Cientistas indicam relação de hábitos intestinais e doenças no coração

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Fazer cocô regularmente é considerado normal e saudável para o organismo, mas de acordo com cientistas chineses, ir ao banheiro várias vezes durante o dia ou menos de três vezes por semana pode ser um indicador de problemas de saúde sérios. De acordo com especialistas da Universidade de Pequim, na China, o mais saudável é evacuar uma vez por dia. A pesquisa foi publicada na revista médica BMJ.

 

Segundo os cientistas, participantes com mais evacuações durante o dia apresentam maior risco de doenças isquêmicas do coração quando comparados àqueles que só vão ao banheiro uma vez ao dia, além de desenvolverem diabetes tipo 2, doenças cardíacas, pulmonares e nos rins com mais frequência. Por outro lado, indivíduos com o intestino preso corriam risco de derrame cerebral, problemas no coração e insuficiência renal.

 

“A frequência do movimento intestinal foi associada com riscos futuros de múltiplas doenças vasculares e não vasculares. A integração da observação dessa frequência com avaliações médicas em cuidados primários pode e deve ser considerada”, escreveram os pesquisadores na divulgação do trabalho. Em estudos prévios, cientistas já apontavam a relação de poucos movimentos intestinais com condições graves do sistema cardíaco.

 

O grupo analisou os hábitos intestinais de quase 500 mil pessoas sem histórico de câncer, doenças cardíacas ou derrame cerebral, entre 30 e 79 anos cadastradas em um banco de dados chinês. Os testes foram conduzidos ao longo de dez anos, examinando a relação das idas ao banheiro – e, consequentemente, dos movimentos intestinais dos participantes – com doenças que ocorrem fora do sistema digestivo.

 

O grupo responsável pelo trabalho em questão não conseguiu explicar o porquê de os mesmos problemas serem identificados em indivíduos com trânsito intestinal acelerado, mas eles acreditam que qualquer movimento anormal no órgão já pode levar à possibilidade de doenças não diagnosticadas ou despertar alerta para riscos futuros. As informações são do portal Metrópoles.

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