A presença de uma matilha composta por oito cães de rua, de médio a grande porte, divide os moradores do Setor Noroeste. Nesse domingo (18/9), um homem de 40 anos acabou mordido (foto em destaque) por um dos animais ao defender a filha, de 5 anos, em frente à reserva indígena, na Quadra 108. Mesmo assim, há grupos que defendem a assistência aos cachorros, que estariam em situação de vulnerabilidade.
O caso aconteceu por volta das 10h30. ???O ataque se deu por eles terem se assustado com minha filha brincando com um carrinho do tipo gira-gira. Poderia ser uma bicicleta, por exemplo. Ele [marido] a protegeu com o próprio corpo e acabou sendo mordido???, conta a mãe da criança, que pediu para não ser identificada.
???Ele foi medicado e fará o protocolo completo antirrábico???, completa. ???Não houve reação ou agressão aos cães???.
???Animais vulneráveis??? O ataque levantou debate entre moradores da região. Uma parcela defende que os animais são dóceis e estão em situação de vulnerabilidade. A suspeita é de que os cachorros estejam aglomerados na região por causa de uma cadela no cio.
???Esses animais estão vulneráveis e precisam ser acolhidos, castrados, vacinados, alimentados e cuidados. Assim como vivemos em uma sociedade com vulnerabilidade social e muita fome, com eles, não é diferente???, defende a terapeuta ocupacional Diuliane Soares Ribeiro, 32.
A assessora financeira Daniela Revollo, 52, explica que os cães podem estar sendo vítimas de violência. ???São animais que, normalmente, não seriam agressivos. Se estão agressivos, é porque está acontecendo algo???, avalia.
Após o ataque, a mulher deu comida e água à matilha. Veja:
???Não adianta falar que os cães são perigosos e mordem. Tem toda uma situação: são agredidos todos os dias por humanos, sentem fome. ??s vezes, pode ter uma criança com pão na mão, e eles não sabem que não podem comer. Nem vão para atacar e, sim, para comer, e todos se assustam???, diz Daniela.
???São animais com fome, sede, frio e enxotados todos os dias. O resultado acaba sendo animais que podem ficar agressivos???, finaliza a moradora.
A Zoonoses informou que não houve registro de chamada para o caso do Noroeste.
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