Ações da Petrobras caem mais de 5% em meio a incertezas sobre dividendos

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Após começar o dia em alta, as ações da Petrobras entraram em queda no Ibovespa, chegando a uma baixa de esta sexta-feira, 4. O mau desempenho vem depois de incertezas cercarem o futuro dos dividendos oferecidos pela empresa. Anteriormente, a empresa divulgou a distribuição de dividendos aos acionistas no valor de R$ 3,3489 a cada ação preferencial e ordinária em circulação no mercado. A expectativa de que a gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mude a estratégia da Petrobras gerou receio nos investidores. No acumulado da semana, desde a divulgação dos resultados das eleições de 2022, as ações da companhia caíram 13,46%. O banco de investimentos Goldman Sachs chegou a mudar sua recomendação de “compra” para “neutro” em relação aos ativos da petroleira, mesmo com ela apresentando bons resultados na bolsa de valores. Analistas do banco avaliaram que os próximos anos devem trazer um aumento de incerteza nas políticas a serem adotadas pela companhia, com a mudança de governo. “Os pagamentos de dividendos têm sido um foco dos investidores de petróleo, enquanto o presidente eleito e outros funcionários mencionaram sua intenção de diminuir o pagamento de dividendos e promover investimentos em refino e energias renováveis, onde a Petrobras não tem um histórico significativo”, avaliaram. Lula pretende concentrar o trabalho da Petrobras em gerar segurança energética e investir no fundo social do pré-sal. Além disso, o procurador-geral Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, entrou com uma representação para suspender o pagamento dos dividendos até que o tribunal analise se o valor de R$ 43 bilhões está disponível no caixa da empresa. A justificativa é de que a Petrobras deseja distribuir os lucros sem o balanço fechado, o que poderia gerar risco às contas públicas. Com essa estratégia, a petroleira usa dinheiro do Tesouro do próximo governo, ao invés de utilizar os recursos da gestão atual. Segundo o documento, “há risco à sustentabilidade financeira e esvaziamento da disponibilidade em caixa da estatal”.

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