Advogado não vê ‘negligência’ de casal investigado por homicídio de bebê

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“Não podemos dizer que os pais foram negligentes”, destacou o advogado Ueder Alves, que atua na defesa de um casal investigado por homicídio qualificado do próprio filho, um bebê de apenas dois meses. A criança morreu na tarde do último sábado (19/11), pouco tempo depois de dar entrada em um hospital de São Francisco de Sales, no Triângulo Mineiro, com indícios, segundo relato da equipe médica à Polícia Militar (PM), de desnutrição, descuido, maus-tratos e negligência.
 
Por meio de publicação no Facebook, o advogado relatou hoje (23/11) que, “devido a informações distorcidas”, a sociedade começou a se manifestar em redes sociais de que a morte do bebê se deu por maus-tratos cometidos pelos pais.
 
“Os pais do menor deram uma festa para ele quando (o bebê) completou apenas dois meses, fato esse que poucas pessoas fazem. (…) Além disso, os pais da criança mantinham a carteira de vacinação dela sempre em dia”, alegou.
 
Ainda segundo o advogado, é preciso levar em consideração nas investigações que, dois dias antes da morte do bebê, os pais procuraram um médico. “E ele (médico) disse que o menor poderia retornar para sua casa. Dois dias depois disso, o menor foi a óbito. Então não podemos dizer que os pais foram negligentes. (…) Sempre trataram a criança com carinho”, afirmou.

Justiça 

Com relação à decisão da Justiça de determinar a soltura dos suspeitos de um sistema prisional para que respondam pelo suposto crime em liberdade, o advogado ressaltou que eles preenchem todos os requisitos legais.

“Ou seja, são pessoas primárias, não possuem antecedentes criminais, não vão atrapalhar o andamento processual e nunca fugiram da Justiça. Por isso merecem responder ao processo em liberdade, mas não significa que eles foram absolvidos. (…) Devo esclarecer também que não existe um inquérito policial terminado, sendo que o mesmo vai se iniciar agora”, finalizou.

 
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que os pais do bebê tiveram a prisão em flagrante ratificada por homicídio qualificado e foram encaminhados ao sistema prisional.
 
Ainda de acordo com a PCMG, “a investigação prossegue para completa elucidação dos fatos e a devida responsabilização dos suspeitos no que couber”.

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