Na esquina da Rua Dom Joaquim Silvério, com a Padre Demerval Gomes, faz 4 anos que um imenso ipê tornou-se fonte de preocupação dos moradores da região, que temem a queda da árvore. Quem relata o caso é Maria Lígia Salgado, 77, moradora da Dom Joaquim há 44 anos. Foi ela quem plantou a espécie assim que se mudou para o local. “Plantei assim que mudei, mas agora a cria se virou contra mim”, brinca.
Segundo a moradora, que até hoje comanda uma loja de costura de roupas ao lado do prédio em que mora, foram registrados 4 protocolos na prefeitura durante os últimos quatro anos. O pedido é para que a árvore seja cortada ou que receba uma poda significativa.
“Eu deixei de dormir no quarto que tinha a janela dando para a árvore. Passei para os quartos do fundo, porque vai que ela tomba pra cima de mim quando eu estiver dormindo?”, relata a moradora, consciente de que seus vizinhos correm maior risco.
Como está inclinada para a rua e não para o prédio em que Maria Lígia tem apartamento, a árvore ameaça principalmente a casa que fica à frente, do outro lado da rua.
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Com a altura de um prédio de 5 ou 6 andares – cerca de 15 metros -, além de medo, o ipê causa transtornos, tais como queda de galhos imensos na rua, que por vezes interrompem o trânsito, e destruição do passeio com suas raízes profundas.
Maria Lígia afirma que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) conduz o caso com morosidade. Além dela, o síndico do prédio em que a senhora mora afira ter solicitado o corte da árvore.
Ainda segundo os moradores, a PBH também demora a agir quando é acionada para recolher galhos caídos. Lígia conta que solicitou esse serviço na quarta-feira da semana passada, dia 17/11. Os agentes municipais só teriam aparecido nesta quinta-feira (24/11), mais de uma semana depois.
Procurada pela reportagem, a PBH não respondeu se o corte do ipê está no cronograma do município.
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