Nove em cada dez executivos aprovam modelo híbrido de trabalho, aponta pesquisa

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Setenta e quatro por cento das empresas dizem que já deverão adotar o formato neste ano

Pixabay/Creative Commons

Pessoa mexendo em um notebook. Só dá para ver os braços e as mãos no teclado

Home Office e modelo híbrido de trabalho ganham força no pós-pandemia, oferecendo menores custos para as empresas e maior qualidade de vida aos funcionários

Com o avanço da tecnologia e o advento da pandemia da Covid-19, várias profissões passaram a funcionar por meio do home office, ou seja, funcionários deixaram de trabalhar presencialmente em escritórios das empresas, passando a atuar direto de suas próprias casas. Em muitos casos, o que parecia ser uma situação provisória passou a ser permanente. Uma pesquisa da empresa Cushman e Walkefield, com 154 executivos que ocupam cargos de lideranças de companhias de diversos segmentos, revelou que o modelo híbrido, no qual o profissional trabalha alguns dias da semana em casa e outros de forma presencial, está em alta e deve ser uma tendência, como explica a gestora de marketing e comunicação da empresa. “O modelo híbrido vai se consolidar ainda mais, segundo a nossa mais recente pesquisa, 95% dos executivos entrevistados aprovam esse sistema. E 74% das empresas já dizem que adotarão esse formato em 2023”, explica. Segundo a pesquisa, 41,3% das empresas adotam, dentro do modelo híbrido, o trabalho presencial em três dias por semana; 58% não adotavam o formato antes da pandemia; 54% ainda gostam do modelo totalmente presencial; e 50% consideram que modelo híbrido tem mais pontos negativos que positivos. O trabalho remoto também reduz a necessidade de as empresas manterem sedes físicas. 59% dos executivos na pesquisa apontam que as companhias podem reduzir o espaço em até 50%. Atualmente, a taxa de vacância do mercado de alto padrão de escritórios de São Paulo está em 21,54%, com preço médio pedido de R$ 101,90 pelo metro quadrado por mês.

Para muitas pessoas que começaram a trabalhar de casa na pandemia, o maior benefício do modelo é o aumento na qualidade de vida. No caso da assessora de imprensa Camila Mortari, a mudança foi tão grande que ela deixou a cidade de São Paulo, onde fica a sede da empresa em que trabalha, para voltar a Campo Grande e ficar perto da família. “Durante a pandemia eu estava em São Paulo, mas eu sou de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, toda a minha família é daqui, e eu decidi voltar para cá, porque o meu trabalho ficou em home office, era viável continuar nesse modelo depois da pandemia também, então eu decidi voltar para a minha cidade Natal. Isso me ajudou bastante porque, além do aluguel ser um pouco mais barato, ficar perto da família, perto dos amigos, não teve problema nenhum, é um trabalho que pode ser feito de forma totalmente remota”, conta ela. “Antes da pandemia, a gente enfrentava trânsito, era o trânsito de São Paulo, quando chovia tinha alagamento, era bastante difícil, perdia um tempo de deslocamento muito grande, eu perdia uma hora de ida e uma hora de volta. Eu ganhei esse tempo e, consequentemente, aumentou a minha qualidade de vida”.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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