Saias curtas e acessórios soltos: entenda as notas baixas da Império Serrano

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A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) divulgou nesta sexta-feira (24/02) as justificativas de todas as notas dos 36 jurados que avaliaram as apresentações na Marquês de Sapucaí durante os dois dias de desfiles de Carnaval do Rio, inclusive a polêmica nota 9,5 no quesito Fantasias, a mais baixa de toda apuração, que foi dada ao Império Serrano, o que contribuiu para o rebaixamento da escola do Grupo Especial para a Série Ouro. A escola de Madureira homenageou o cantor e compositor Arlindo Cruz, com o enredo Lugares de Arlindo.

De acordo com a avaliação da jurada Regina Oliva, os integrantes da agremiação não souberam conduzir a alegoria de mão.

“No meu campo de visão, observei: ala 01, não houve uniformidade na maneira de conduzir a alegoria de mão. Uns integrantes levaram a alegoria segurando pelas duas mãos, outros pela mão esquerda, outros pela mão direita. Visual da ala ficou prejudicada, as alegorias impediam a evolução dos componentes, pois umas se chocavam com as outras (uniformidade)”, escreveu a jurada no caderno de julgamento.

Com sequelas de um AVC sofrido em 2017, o músico de 64 anos esteve no carro alegórico da agremiação, sentado em um trono com um machado na mão e fez bonito na Avenida. O enredo da Escola de Samba foi “Lugares de Arlindo”Reprodução/Instagram

“Alas 08, 18 e 19 ocorreu o mesmo da ala 01 (uniformidade); ala 12, as taças de cerveja de vários chapéus estavam caídos para trás (acabamento); ala 02, baianas com saias mais curtas, comprimento acima do tradicional, aparecendo as pernas das integrantes, contrariando o descrito no abre-alas, página 32 “com um traje que une a tradição da indumentária da baiana…”. (concepção)”, continuou a jurada.

“Alas 05 e 06, integrantes com acessórios das pernas soltos. Alguns integrantes estavam arrastando os mesmos (acabamento); Ala 28, aconteceu os mesmos problemas das alas 05 e 06; faltavam pompons (acabamento)”, dissertou.

“Ala 17, várias saias aparecendo forro, arqueadas, com poucas fitas, outras saias com mais fitas, tecido utilizado não teve com caimento (perde em concepção e execução)”

“Contabilizando, foram quatro ocorrências de acabamento (alas 12, 5, 6, 28); quatro ocorrências de uniformidade (pontuando oito ocorrências em realização). Uniformidade: alas 01, 08, 18 e 19; duas ocorrências em concepção nas alas 02, 17; sendo desconto de 0,2 em concepção e 0,3 em realização. Ratificação: Obs: Notas da Império Serrano; concepção 4,8; realização 4,7. Total: 9,5 (nove vírgula cinco)”, finalizou Regina Oliva nas observações finais do caderno de julgamento.

Além de Regina Oliva, os demais jurados também apontaram problemas em diversos quesitos no desfile da agremiação, mas a nota da jurada se destacou por ter sido a mais baixa de toda a apuração.

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