Jurada que foi curtir Sapucaí: o que há por trás das notas do Carnaval

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Diz o ditado popular que “o choro dos perdedores é livre”, talvez por isso, prevendo os questionamentos, a Liesa, Liga das escolas de samba do Rio de Janeiro, como nunca antes, divulgou as justificativas dos jurados antes mesmo do desfile das campeãs, algo prometido há muito tempo.

Teve escola que antes de ver as justificativas, reclamou da nota da bateria, dizendo que iria contestar na justiça, já que a bateria não é obrigada a parar e reverenciar os jurados. Abertos os envelopes, percebeu-se que a perda de pontos foi por questões técnicas, diferente do que pensava a agremiação.

A jurada de bateria Mila Schiavo, simplesmente deu 10 para todas, disse todas as escolas. Vale lembrar que a cada décimo retirado, é necessário escrever uma justificativa, se você der 10 a todas as escolas, você foi apenas se divertir e curtir o camarote da Liga. Se todas receberem 10, elas empatam.

A jurada de samba enredo Alice Serrano, que causou polêmica postando foto com Neguinho da Beija Flor, antes dos desfiles, reclamou que o samba da Mocidade carecia do nome “Vitalino”, a alcunha Deus do barro para ela não foi suficiente. Ela reclamou ainda que no samba da Portela faltava o nome da porta-bandeira Dodô, ano que vem é melhor perguntar a ela com antecedência se falta algum nome.

Mais uma vez, as justificativas de domingo foram muito parecidas, como havia antecipado a coluna, já que essas notas vão “dormir na casa” dos jurados.

Alguns jurados tiraram pontos de escolas que colocam qualquer placa com nomes como fez a Portela que nomeou os setores, ou a Grande Rio que nomeou Monarca em uma fantasia. Na interpretação deles, quando se nominaliza é porque não se conseguiu materializar a fantasia. Fica a dica já que essa penalização é recorrente.

Teve jurado que apontou com clareza que quando um carro quebra, há uma quebra na harmonia da escola e o canto é prejudicado, como foi o caso da Portela.

Os jurados de Alegoria e Adereços reclamaram muito dos acabamentos dos carros, principalmente na parte de trás e dão pane na iluminação de muitas alegorias. Atenção às escolas, depois não pode chorar.

Talvez o cansaço, das duas noites mal dormidas, explique os tropeços na língua portuguesa do jurado Sérgio Henrique, de fantasia, que escreveu nas justificativas: “Se as personagens tivesse (sic)” ou “embora estava (sic) plasticamente muito”.

O jurado Felipe Trotta do quesito sambas enredo pediu aos compositores para evitarem os clichês, para reduzirem o uso de rimas em ar/ er/ ou e de rimas pobres. Mas como não obedecem, não podem reclamar da canetada.

As justificativas desse ano, bem como dos anos anteriores, ficam disponíveis para todos lerem na internet. Os jurados atentos aos detalhes, às vezes demais, às vezes menos (tem jurado que usa até binóculos), além de cursos, seguem o Manual dos Jurados disponibilizado pela Liga. Assim como as Escolas de Samba, os jurados acertam e às vezes nem tanto, julgam e também podem ser julgados, pronto falei!

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