Donas de creche e funcionária são condenadas por amarrar crianças em São Paulo

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Maior pena foi dada à diretora da Colmeia Mágica, Roberta Serme, que pegou quase 50 anos de prisão em regime fechado

Reprodução/Google Street View

Escola COlmeia Magica

Creche Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, era palco de crimes de tortura contra crianças

As donas da creche Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, e a funcionária que trabalhava no local foram condenadas pelos crimes de tortura, maus tratos e associação criminosa. A maior pena foi dada à dona e diretora da escola, Roberta Serme, que pegou 49 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. A irmã dela e sócia, Fernanda Serme, foi condenada a 13 anos em regime semi-aberto. A auxiliar de limpeza Solange Hernandez teve prisão estipulada em 31 anos em regime fechado. De acordo com o Ministério Público e a partir de imagens de vídeo que circularam amplamente em março do ano passado, as mulheres amarraram e torturaram crianças da creche como forma de punição porque elas estavam chorando.

O pai de uma das crianças que foi vítima da ação das mulheres, o funcionário público Leonardo Duarte, disse se sentir aliviado com as condenações. “A gente se sente muito grato por essa sentença condenatória colocando elas por um longo tempo na prisão. Esperamos que elas aprendam e reflitam sobre o mal que fizeram. Esperávamos uma resposta, e ela veio”, comentou. Ele ainda acredita que o caso vai servir de exemplo para que outras crianças não sejam torturadas e maltratadas. O advogado de defesa das sócias, Eugênio Malavasi, diz que vai recorrer da decisão. Para ele, a sentença é “totalmente contrária à evidência dos autos e todo o regramento que rege os critérios estabelecidos na aplicação da pena”. Até o momento da publicação, a equipe de reportagem não conseguiu contato com o advogado de defesa da funcionária da escola.

*Com informações do repórter David de Tarso

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