Haddad afirma que equipe econômica monitora colapso de bancos nos Estados Unidos

Publicado:

Ministro disse que avalia a situação causada pelo Silicon Valley Bank e Signature Bank junto com banqueiros do Brasil e com o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto

ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Fernando Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Durante participação em evento nesta segunda-feira, 13, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acompanha o colapso dos bancos americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank junto com banqueiros do Brasil e com o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto. Os mercados ao redor do mundo têm ficado agitados e o Federal Reserve (FED), o Banco Central estadunidense, agiu no final de semana para tentar estancar a tensão. Haddad assinalou que o governo está monitorando a situação, que classifica como grave: “Eu não sei se vai gerar uma crise sistêmica, aparentemente não. Ee não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers. Mas o fato é que é grave o que aconteceu, o FED agiu no final de semana e nós vamos ver ao longo do dia. O Roberto Campos Neto está voltando do BIS para pilotar o Banco Central e ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter que tomar alguma providência”.

A turbulência nas instituições financeiras da maior economia do mundo não devem mudar a direção do governo brasileiro, que mantém o foco sobre um eventual processo de redução da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75%, maior patamar dos últimos 6 anos. “Hoje eu diria que tem pouco espaço para aumento da taxa de juros no mundo e eu diria que tem uma ‘gordura’ no Brasil que permita a nós, tomando as providências que estão sendo tomadas e vem sendo reconhecidas pelo Banco Central nas atas que ele divulga, penso que temos aí um espaço que o mundo não tem. Primeiro, nós temos um sistema bancário que é muito robusto, do ponto de vista da sua governança, da sua regulação interna e a gente cumpre os acordos internacionais com folga. Penso que isso nos dá uma robustez muito grande”, declarou o ministro da Fazenda. No evento, promovido pelo jornal Valor Econômico, Haddad também ressaltou que espera ver a reforma tributária aprovada pelo Congresso até outubro e descartou a volta de um imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da antiga CPMF.

*Com informações do repórter Daniel Lian

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

‘Lula pediu suspensão de tarifa de 40% a Trump enquanto negocia’, afirma Alckmin

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que atua como um dos principais articuladores do governo para acabar com a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros,...

Oito em cada dez brasileiros devem comprar presentes para o Dia das Crianças, aponta pesquisa

O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, promete movimentar o varejo brasileiro. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com a...

Academia em São Paulo aposta em treinos com hora marcada para evitar superlotação

Um novo modelo de academia está chamando atenção em São Paulo, oferecendo uma alternativa às salas de musculação lotadas. A rede Silva Gym,...