Plano de recuperação judicial da Americanas prevê aporte de R$ 10 bilhões

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Recurso deverá ser investido pelos três principais acionistas da empresa, Lemann, Telles e Sicupira; venda de ativos também faz parte da proposta, que ainda vai ser apresentada à Justiça

RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Fachada da Lojas Americanas

Grupo Americanas anunciou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões no início de 2023; passivo pode estar próximo de R$ 50 bilhões

O plano de recuperação judicial do grupo Americanas prevê um aporte de R$ 10 bilhões na empresa pelos três principais acionistas, ou acionistas de referência: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Antes do plano ser finalizado, falou-se em um montante ainda maior, de R$ 12 bilhões, o que não foi concretizado. Outro ponto do plano também está focado na venda de ativos do grupo. Empresas como o hortifrúti Natural da Terra, Uni.co – que reúne marcas como Imaginarium, Puket e Love Brands – e a participação na Vem Conveniência, uma joint venture com a Vibra, antiga Br Distribuidora, fariam parte desse plano, justamente na parte da venda de ativos. O plano de recuperação judicial do grupo abre também a possibilidade de converter a dívida em ações, a um limite de R$ 10 milhões. Outra hipótese é a realização de um leilão reverso, até o limite de R$ 2,5 bilhões.

O plano de recuperação judicial apresentado pelo grupo Americanas precisa passar pela Justiça do Rio de Janeiro e, provavelmente, terá que ser aprovado em uma assembleia de credores. Nesta segunda-feira, um diagnóstico detalhado da crise do grupo Americanas começou a ser apresentado ao poder judiciário fluminense. No início deste ano, a empresa anunciou ter descoberto inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, mas alguns especialistas falam que, na verdade, pode se tratar de uma fraude. O passivo total da Americanas estaria em torno de R$ 50 bilhões, enquanto o total de credores seria de 9.600 em todo o Brasil.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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