Polícia sobre execução de mãe e filho: “Nenhuma hipótese é descartada”

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São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo investiga o que teria motivado os assassinatos de Matheus Lima, 28 anos, e Margareth Lima, 52. Mãe e filho foram executados na noite dessa terça-feira (11/4), na zona leste de São Paulo.

Segundo o delegado Marco Antônio Desgualdo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), “nenhuma hipótese é descartada”.

“Desde o momento do acionamento do DHPP, os policiais estão em campo, fizeram toda a perícia, buscando câmeras, localizando testemunhas, para trazer informações concretas”, disse.

Mais sobre o assunto“Nós levamos em consideração todas as informações, todas as linhas de raciocínio. Vamos chamar todas essas pessoas envolvidas para prestar depoimento. Por enquanto, não descartamos nenhuma hipótese; pode ter sido vingança, latrocínio ou qualquer outra motivação”, afirmou nesta quarta-feira (12/4).

O delegado destacou ainda que uma das vítimas, Matheus, tem antecedentes criminais. O Metrópoles apurou que ele tem uma ocorrência por lesão corporal, uma de embriaguez ao volante, e dois registros com natureza não informada – um deles ocorreu ainda na adolescência.

Guarda de criançaDe acordo com o depoimento de Arthur Lima, filho de Margareth e irmão de Matheus, o rapaz estava sendo ameaçado após uma desavença familiar que envolvia a guarda de uma criança e uma ocorrência de violência doméstica contra Matheus.

Em depoimento ao qual a reportagem do Metrópoles teve acesso, Arthur relatou que homens armados teriam participado dessas ameaças.

O delegado Marco Antônio Desgualdo informou que Arthur será chamado para depor novamente. Ele entregou o celular do irmão para a polícia, o que pode ajudar nas investigações.

“Pode ter certeza que uma das primeiras pessoas a serem ouvidas será esse irmão”, disse Desgualdo.

O crimeMãe e filho saíram de casa para ir a uma igreja e passavam de carro pela Rua Veratro, no Parque São Lucas, por volta das 20h, quando dois homens em uma moto pararam ao lado deles e efetuaram 22 disparos. Nenhum pertence foi levado.

Moradores da região que testemunharam o episódio acionaram a polícia. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram um Jeep Renegade branco com os vidros da frente estilhaçados pelos tiros.

A mulher estava no banco do motorista, sem sinais vitais. O filho ainda estava vivo, caído no chão. Os bombeiros tentaram salvar o rapaz, mas ele não resistiu.

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