Gerente de Carrefour no DF é investigado por assédio sexual contra funcionárias. Vídeo

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O gerente operacional de uma das unidades do Carrefour no Distrito Federal é acusado por um grupo de funcionárias do supermercado de cometer assédio sexual contra elas. O acusado, 43 anos, tornou-se alvo de investigação da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), após as vítimas decidirem romper o silêncio. Elas procuraram o Metrópoles e denunciaram as ações cometidas pelo chefe ao longo dos últimos dois anos.

Os crimes teriam ocorrido na unidade do Carrefour no Pistão Sul, em Taguatinga. O funcionário havia sido transferido para o mercado havia cerca de seis anos. As práticas criminosas teria iniciado em 2021. As ações incluíam desde falas com duplo sentido a abordagens às funcionárias com abraços pela lateral do corpo, de modo a encostar os órgãos genitais nas vítimas.

Uma das denunciantes, que não terá a identidade divulgada, trabalhava no local havia 14 anos. “Todas as vezes em que ele atendia ou fazia algum procedimento [do mercado], encostava, ficava excitado e esfregava as partes íntimas na gente. Eu não podia fazer nada, tive de aguentar. Dava nojo, mas eu não podia fazer nada. Tinha sempre de estar sorrindo e fingindo que nada acontecia”, relatou a denunciante.

Assista ao relato:

“Medo da retaliação” Uma segunda vítima ouvida pela reportagem atuou no Carrefour de Taguatinga Sul por mais de 17 anos. Ela relata que todas as colegas de trabalho reclamavam dos assédios, mas não tinham coragem de denunciar, devido ao cargo exercido por ele e ao medo de perderem o emprego.

“Muitas das vezes, eu estava no meu setor, ele chegava e abraçava de surpresa. A gente ficava sem ação. Teve uma vez em que eu colava preços em pacotes de linguiça, e ele [o gerente operacional] foi aonde eu estava e falou assim: ‘Esta daqui é melhor, mais grossa, maior’. Ele falou levando [a intenção] para o outro lado, [de] um termo pejorativo”, detalhou a segunda vítima, em entrevista ao Metrópoles.

A denunciante acrescentou que os abraços laterais “eram fortes” e não permitiam que ela se mexesse. “Eu me sentia desconfortável. Sempre o vi abraçar outras meninas, fazendo esse mesmo procedimento. A gente não comentava pelo medo da retaliação. A corda sempre quebra para o lado mais fraco. Nós nos sentíamos retraídas”, disse.

Natural de São Paulo, casado e pai de dois filhos, o gerente destacava no perfil de trabalho a passagem por diversos setores da empresa, ao longo de 18 anos. “Tive muitas conquistas pessoais e profissionais. Sou muito grato a Deus e a minha família por tudo o que conquistei e ainda tenho a conquistar”, escreveu.

A reportagem entrou em contato com o Carrefour e com o acusado, para pedir posicionamento sobre os crimes investigados, mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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