Campos Neto diz que reajuste dos combustíveis foi ‘decisão acertada’

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, elogiou nesta quarta-feira, 16, a decisão da Petrobras de reajustar os preços da gasolina e do diesel, mesmo que a medida gere um aumento na inflação. Ele falou sobre o tema durante evento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília. “Tivemos o reajuste dos combustíveis, que vai ter um impacto em 2023. Confesso que achei acertado. Não é bom ter distanciamento dos preços internacionais, mesmo que o reajuste tenha impacto negativo na inflação. A gente acha que foi uma decisão acertada”, disse o presidente do BC. Ele estimou que o reajuste possa impactar o IPCA, índice oficial de inflação do país, em 0,40 ponto de agosto para setembro.

A Petrobras anunciou na terça, 15, um aumento dos preços dos combustíveis nas distribuidoras. O preço médio da gasolina subiu R$ 0,41 por litro, enquanto o diesel aumentou R$ 0,78. A razão do reajuste é o risco de desabastecimento em território nacional. Como a gasolina e o diesel brasileiros vinham operando com preço abaixo do mercado internacional, as empresas estavam importando menos combustível devido ao valor mais baixo no mercado interno. O problema é que 25% do diesel consumido no Brasil é importado. 

A Petrobras anunciou o fim da paridade internacional de preços do petróleo no dia 16 de maio. De lá para cá, os postos de gasolina conseguiam comprar diesel e gasolina por um preço bem menor no mercado interno do que no exterior. Com o passar dos três meses, as reservas dos combustíveis, principalmente do óleo diesel, passaram a diminuir. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que não havia risco de o Brasil ficar desabastecido e que os casos de restrição de oferta dos produtos eram “pontuais”. No entanto, dias depois, a Petrobras anunciou o reajuste.

 

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