O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, resolução que exclui as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal (STF) da lista de entidades fiscalizadoras do processo eleitoral.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE e relator da resolução, ressaltou que a participação das Forças Armadas nas eleições de 2022 não se mostrou necessária, mas destaca que os militares irão continuar a auxiliar no processo logístico de distribuição das urnas eletrônicas.
“Os números das eleições gerais de 2022 demonstram a indispensável atuação das Forças Armadas junto à Justiça Eleitoral. No segundo turno das eleições, contamos com o apoio logístico em 119 localidades, além da sua atuação em 578 locais, garantindo a realização das eleições em todo território nacional”, disse o ministro.
As mudanças passam a valer a partir das eleições municipais de 2024. Os ministros também incluíram o Teste de Integridade com Biometria no próximo pleito.
Com a saída do STF e das Forças Armadas, a lista de entidades fiscalizadoras será composta por:
Partidos políticos, federações e coligações; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Ministério Público (MP); Congresso Nacional; Controladoria-Geral da União (CGU); Polícia Federal (PF); Sociedade Brasileira de Computação (SBC); Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Crea); Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP); Tribunal de Contas da União (TCU); Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entidades corporativas do Sistema S; Entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos Departamentos de tecnologia da informação de universidades credenciadas junto ao TSE. O STF passou a integrar a lista de entidades fiscalizadoras em 2016, quando outros seis órgãos foram considerados aptos para fiscalizar o processo eleitoral. Já as Forças Armadas foram incluídas neste quadro em 2020, quando a ministra Rosa Weber, atual presidente do STF, comandava o TSE.
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