Lista suja do trabalho escravo tem 8 doadores de Bolsonaro

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A lista atualizada de empregadores condenados por trabalho análogo à escravidão, divulgada na semana passada pelo Ministério do Trabalho, tem dez doadores da campanha de 2022. Oito fizeram doações a Jair Bolsonaro e outros dois deram dinheiro a candidatos ao Legislativo estadual e federal.

Bolsonaro recebeu R$ 5 mil de José Eduardo Sanches, fazendeiro de Goiás que entrou na lista em 2022 e R$ 50 e R$ 10 de de Guilherme Antônio Wilkon e Antônio Eustáquio Maciel, fazendeiros do Maranhão listados desde outubro deste ano.

Além disso, o candidato a presidente recebeu uma doação de R$ 1 real de outros cinco empregadores condenados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. A assessoria de imprensa de Bolsonaro disse que ele não se manifestará sobre o assunto.

As doações mais volumosas, porém, foram para outros candidatos. O candidato a deputado estadual Gabriel Salomão, do MDB, eleito suplente no Pará, recebeu R$ 323 mil de Adriano Salomão Costa de Carvalho, garimpeiro autuado por uma ocorrência envolvendo oito trabalhadores. O empregador entrou na lista neste ano, e Gabriel Salomão não retornou o contato da coluna.

Na Câmara, a deputada federal Renilce Nicodemos, também do MDB do Pará, recebeu R$ 50 mil do pecuarista Olenio Cavalli, autuado por manter dez trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma fazenda do Pará. A assessoria da parlamentar não respondeu para comentar o caso.

Wilkon, que doou para Bolsonaro, disse que sua condenação foi uma “injustiça”. “Todo mundo ganhava R$ 3 mil, R$ 10 mil, R$ 12 mil e era trabalho escravo? Ave Maria.” Ele disse que está recorrendo da decisão.

Sanches, que também doou para o ex-presidente, disse que “tudo está devidamente sendo tratado junto aos órgãos competentes da forma mais correta possível, sempre tendo a lei acima de qualquer outra situação”.

Adriano Salomão Costa de Carvalho não foi localizado para comentar. Olenio Cavalli e Antônio Eustáquio Maciel não responderam ao contato da coluna.

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