Netflix dribla greve de Hollywood e lucro sobe 19,9%, a US$ 1,6 bilhão

A Netflix registrou um lucro líquido de US$ 1,67 bilhão no terceiro trimestre, o que representou uma alta de 19,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. A plataforma de streaming somou receitas de US$ 8,54 bilhões entre julho e setembro, num crescimento de 7,8% sobre o mesmo período de 2022.

A companhia destaca que alcançou 247,1 milhões de assinantes ao fim do terceiro trimestre deste ano, o que representa uma alta de 10,8% no ano. Houve ainda uma adição líquida de 8,76 milhões de assinaturas. Os resultados superaram expectativas de analistas do mercado.

O lucro por ação foi de US$ 3,73, além da estimativa de US$ 3,43 para o período. As receitas ficaram em linha com a projeção de US$ 8,54 bilhões. Na mensagem da administração que acompanha os resultados, a Netflix destacou que os resultados superaram suas projeções internas, com um crescimento mais robusto do número de assinantes. 

Frutos das mudanças A empresa considera que as medidas implementadas no primeiro semestre, como a proibição do compartilhamento de contas, o lançamento de um pacote com anúncios e lançamentos mundiais, impulsionaram os seus indicadores. 

“Os últimos seis meses foram desafiadores para a companhia e para o setor por causa da greve dos atores e roteiristas de Hollywood”, afirma a Netflix, no comunicado. A companhia diz que a robustez das suas produções mundiais ajudou a mitigar os efeitos da paralisação dos profissionais de cinema nessas áreas. 

Projeções crescentes Para o quarto trimestre, a Netflix projeta um lucro líquido de US$ 956 milhões e receitas de US$ 8,69 bilhões. O lucro por ação deve ficar em US$ 2,15. 

Na América Latina, incluindo o Brasil, a Netflix alcançou 43,6 milhões de assinantes no período de três meses encerrado em setembro, uma alta 9,3% no ano. A adição líquida de assinantes chegou a 1,18 milhão de pessoas.

Na região, as receitas da plataforma de streaming somaram US$ 1,14 bilhão, uma elevação de 11,6% no ano. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de 3% na receita média por assinante, a US$ 8,85.