Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira (31/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que o desemprego no país foi de 7,7% em setembro deste ano, revelam também que a população ocupada bateu um recorde histórico no mês passado.
Segundo o IBGE, o contingente de ocupados foi de 99,8 milhões em setembro, um aumento de 0,9% em relação ao trimestre móvel anterior e de 0,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Trata-se do maior contingente de ocupados desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Ou seja, é o maior número de pessoas trabalhando no país em mais de uma década.
A população desocupada, de 8,3 milhões, recuou tanto na comparação trimestral (-3,8%) quanto na anual (-12,1%).
O desemprego recuou um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 8,7%. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, a queda do desemprego em agosto consolida a recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia, com o aumento do número de pessoas trabalhando.
“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explicou Beringuy.
“Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal.”
Para Maykon Douglas, economista da Highpar, “os dados reforçam a trajetória dos últimos meses e a avaliação de resiliência do emprego e da renda ao longo do ano, que explicam boa parte da expansão do consumo das famílias”. “Esperamos um leve aumento da taxa para 8% até o fim do ano”, pondera.
Principais resultados da pesquisa
Taxa de desocupação: 7,7% População desocupada: 8,3 milhões de pessoas População ocupada: 99,8 milhões População fora da força de trabalho: 66,8 milhões População desalentada: 3,5 milhões Empregados com carteira assinada: 37,4 milhões Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões Trabalhadores informais: 39 milhões Taxa de informalidade: 39,1%
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