O Vitória se prepara para entrar em processo de recuperação judicial. O modelo, previsto em lei, permite um alongamento no pagamento de dívidas dentro de um plano previamente apresentado à Justiça. A informação foi revelada ao Bahia Notícias por fontes ligadas ao clube.
Em contato com a reportagem, o departamento Jurídico do Leão explicou que trata-se de uma opção para equacionar o passivo da instituição. Por enquanto, contudo, o que existe é uma estruturação interna para a adoção de alguma providência, que depende de determinadas circunstâncias.
De qualquer forma, ainda de acordo com fontes ligadas ao Rubro-Negro baiano, um escritório especializado na área já está no radar. Inclusive, já há reuniões periódicas com o Jurídico e o Financeiro do clube.
A recuperação judicial tem sido um modelo adotado por alguns clubes do Nordeste, como Sport, Santa Cruz e Náutico. Hoje, o passivo do Leão está em torno de R$ 200 milhões.
Em novembro deste ano, o Vitória recebeu uma notificação da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) pelo descumprimento no pagamento de dívidas. O problema pode gerar um transfer ban de até seis meses, o que impediria o clube de registrar jogadores no período.
A recuperação judicial estabelece uma negociação entre devedor e credores mediada por juízes. Ela é comum em empresas que estão quase quebradas, mas que possuem relevância social e econômica. Dessa forma, precisam achar um meio para reestruturar essas dívidas. No Brasil, o sistema é prevista na Lei 11.101, de 2005.
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