Vendas no Natal devem movimentar R$ 74,6 bilhões em 2023

Publicado:


Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offerwise Pesquisas, projeta um crescimento de 5% na movimentação financeira causada pelas vendas de Natal, em comparação com o ano passado, quando o comércio movimentou R$ 68 bilhões com vendas no período. Quase 133 milhões de consumidores devem ir às ruas do Brasil para comprar presentes neste ano, com um gasto médio apontado pela pesquisa entre R$ 110 e R$ 130 por pessoa. A expectativa é de uma injeção de R$ 74,6 bilhões na economia brasileira. Em São Paulo, o movimento na Rua 25 de Março, tradicional polo comercial da capital paulista, tem deixado os lojistas otimistas com as festas de fim de ano. A União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco) espera um aumento nas vendas de cerca de 10%. Projeção corresponde ao movimento esperado em 16 ruas e 3.800 comércios.

Em entrevista à Jovem Pan News, Jorge Dib, que é diretor da Univinco, explicou que a expectativa de aumento nas vendas dá sequência aos bons números da Black Friday e abrange múltiplos setores: “Depois do Dia das Crianças o movimento subiu, na Black Friday isso também aconteceu, puxou as vendas. A gente pensou que era só uma onda, não foi e continua. Depois da pandemia tem aparecido essas ondas de venda, uma hora vende, em outra não vende, mas isso se perdurou para o final do ano, uma coisa que surpreendeu a gente bastante”. Entre os que não vão presentear, 27% dizem não ter dinheiro; 17% não gostam ou não têm o costume e 15% estão endividados e vão priorizar o pagamento de dívidas.

Neste sentido, o economista e diretor-geral do Ibmec, Márcio Salvatore, destacou que parte dos consumidores conta com o pagamento do 13º salário para fazer as compras, mas precisam ficar atentos com parcelamentos e com o pagamento dos impostos no início do ano que vem: “Tem IPVA, IPTU e aqueles que têm crianças devem se preocupar em guardar uma parte [do 13º] para material escolar e mesmo para parcelamento de viagens. Às vezes vamos às compras e assumimos parcelamentos incompatíveis com a renda futura. Não podemos esquecer que você tem uma renda adicional com o 13º que não vem na sequência dos próximos meses”, aconselhou. Na pesquisa, feita entre 19 e 27 de outubro de 2023, foram ouvidos consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes para o Natal.

*Com informações do repórter Victor Moraes

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Queda no preço dos alimentos vai permanecer, diz ministro do Desenvolvimento Agrário

As famílias brasileiras sentiram um alívio nas finanças em agosto, conforme destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em...

Previsão de déficit primário de 2025 cai de R$ 70,877 bi para R$ 69,990 bi no Prisma Fiscal

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revelou uma leve redução na previsão do déficit primário para o...

CPI vai recorrer de decisão do STF que desobrigou ‘Careca do INSS’ de depor

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu recorrer da decisão do ministro...