A forte chuva que caiu em São Paulo na tarde desta segunda-feira (8/1), voltou a provocar quedas de luz em diferentes pontos da capital paulista, conforme relatos dos moradores nas redes sociais. A Enel, concessionária responsável pela distribuição da energia elétrica na cidade, foi cobrada pelos clientes. À reportagem, a distribuidora afirmou que pediu para as equipes em campo trabalharem para normalizar o fornecimento de energia aos clientes afetados.
A falta de luz foi notada e relatada em bairros como Saúde, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis, Moema Campo Belo e Paraíso (todas na zona sul), e também em estabelecimentos comerciais do bairro Santana, na zona norte da cidade. Um usuário alega que seis semáforos do caminho da sua casa até o trabalho não estavam funcionado, e outro afirma que a queda de energia aconteceu mesmo quando a chuva não tinha atingido uma alta intensidade.
- Enel poderá ser “punida rigorosamente” por falta de energia em SP, diz ministro
Em balanço divulgado no final da tarde, o Corpo de Bombeiros informou que foram registradas 200 ocorrências de quedas de árvore em São Paulo e na região metropolitana durante o temporal. A chuva teve um acumulado de 62 mm, segundo a Defesa Civil.
“Primeiro temporal de 2024 e a capital paulista sem luz no meio da tarde. Vários moradores relatando falta de energia: Moema, Vila Mariana, Vila Clementino, Mirandópolis”, escreveu uma usuária no X (antigo Twitter). “Mal trovejou e já caiu a luz aqui no Paraíso”, escreveu outro usuário, na mesma rede social.
“Enel não falha. Primeiro temporal de 2024 em SP e, bingo, acabou a luz no meu bairro na Saúde e em outras localidades. É muita deficiência”, escreveu um morador de São Paulo. “Caiu uma pancada de chuva. Vim para o trabalho depois que parou. No caminho de casa até a Conrad, passei por seis semáforos apagados! Chegando na Conrad, a luz já piscou três vezes. SP está totalmente largada pelo prefeito Nunes”, desabafou outro morador da capital.
Outro usuário destacou que a luz de onde estava acabou, mesmo com a chuva não sendo tão forte quanto um “temporal”. “Bastou uma chuva de 30 minutos, não foi temporal, não foi tempestade, houve ventos mas nem tão fortes assim. A energia acabou, assim que começou a chuva em segundos voltou, depois de uns 15 minutos acabou e não voltou mais. Até quando vamos passar esse tipo de situação”, questionou.
Uma usuária também relatou às 19h30 que no Campo Belo a chuva “não foi forte”, mas que ela estava sem energia desde as 16h. “As chuvas não foram fortes e desde as 16 horas esperando um conserto na Rua Conde de Porto Alegre. No Campo Belo ,São Paulo-SP”.
Em alguns locais, a queda de energia foi provocada pelo tombamento de árvores. O Corpo de Bombeiros foi chamado, entre 12h20 às 16h41, pra 187 ocorrências de quedas de árvores na capital e região metropolitana de São Paulo, segundo a própria corporação. Os casos, segundo os bombeiros, se concentraram na zona sul da cidade, em bairros como Moema, Itaim Bibi, Bela Vista, Vila Mariana, Jardim Paulista, Vila Maria e Pinheiros.
Em dois desses casos, a queda da árvore atingiu fios de alta tensão, que caíram sobre carro com pessoas dentro, as impedindo de sair do veículo. Uma das ocorrências aconteceu na Alameda dos Aicás, em Moema, e outro na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (Jardim Paulista). Segundo os Bombeiros, ninguém ficou ferido.
Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da capital foram registrados alagamentos em diferentes pontos da cidade, como Sé (centro), Itaquera (zona leste), São Miguel Paulista (zona leste) Santo Amaro (zona sul) e Vila Mariana (zona sul).
Em nota, a Enel afirma, com base nos dados do CGE, que a cidade foi atingida nesta segunda por “fortes chuvas seguidas por rajadas de vento de até 76 km/h que atingiram parte da área de concessão da distribuidora”. O evento, segundo a empresa, provocou “quedas de árvores, galhos e outros objetos sobre a rede elétrica e causaram interrupção no fornecimento de energia para alguns clientes”.
Segundo a concessionária, as regiões mais impactadas foram norte, leste, oeste e a zona sul da capital. “A distribuidora reforçou as equipes em campo e trabalha para normalizar o fornecimento de energia o mais brevemente possível aos clientes afetados”, disse a Enel no comunicado.
Para comunicar falta de luz, a companhia orienta que os clientes priorizem os canais digitais, com o envio de SMS gratuito para o número 27373 com a palavra “Luz” junto com o número da instalação que consta da conta de energia; consumidores também podem acessar o App Enel São Paulo ou a agência virtual do site.
Temporal há dois meses deixou mais de 2,2 milhões sem luz
No começo de novembro de 2023, um temporal deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e em cidades da região metropolitana da capital. A Enel foi duramente criticada porque o apagão persistiu por mais de cinco dias para milhares de pessoas, o que provocou perda de alimentos refrigerados e danificação de eletrodomésticos de clientes. O prefeito Ricardo Nunes chegou a cogitar o cancelamento do contrato da Prefeitura com a empresa.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apurar a prestação de serviço da concessionária durante e após os dias subsequentes da forte chuva. O relatório final apontou que houve irregularidades cometidas pela distribuidora e sugeriu ao poder público o encerramento da concessão. O contrato prevê termino da parceria em 2028.
A empresa destacou a intensidade do evento climático na oportunidade e disse ter adotado as medidas necessárias para o restabelecimento do serviço.
Saiba Mais
- Brasil Batida entre ônibus e caminhão deixa pelo menos 25 mortos na Bahia
- Brasil Bebê de 1 ano é encontrado morto em córrego de Aparecida de Goiânia
- Brasil PF prende em aeroporto operador que lavou R$ 1,4 bi em criptoativos
- Brasil Em menos de 24 horas, PM de MG prende 25 foragidos de presídios
- Brasil Veja momento em que helicóptero da PRF faz pouso forçado
- Brasil Confira os resultados da Quina 6335 e Lotofácil 2998 desta segunda-feira (8/1)
Comentários Facebook