Após audiência de custódia, Justiça decreta prisão preventiva de músicos acusados de morte de morador de rua; defesa alega assalto

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Os suspeitos de agressão e morte de uma pessoa em vulnerabilidade social, no último sábado (23), em Salvador, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. A medida foi informada após audiência de custódia nesta segunda-feira (25).

 

O caso, que aconteceu no bairro do Corredor da Vitória, tem 4 homens envolvidos na agressão que matou a vítima. Entre esses, dois dos são da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). Eles foram identificados como Lincoln Sena Pinheiro, que é flautista do grupo e Laércio Souza dos Santos, violonista da orquestra. Além deles, também foi preso o designer Marcelo da Cunha Rodrigues Machado, que é companheiro de Lincoln. O quarto suspeito foi identificado como Sérgio Ricardo Souza. 

 

A defesa dos suspeitos se pronunciou sobre o caso nesta manhã, após os três passarem por audiência de custódia. Foi alegado pela defesa que o trio teria sofrido um assalto da vítima. 

 

“Na verdade, eles foram vítimas de um assalto, reagiram, entendeu? E mobilizaram o assaltante, ligaram para a polícia e esperaram a polícia chegar. Quando a polícia chegou que mandou eles soltarem, o rapaz ainda estava com vida e faleceu logo após. E aí eles foram conduzidos à prática do crime de homicídio. Mas na verdade o que ocorreu foi uma reação ao assalto que eles estavam sofrendo”, explicou o advogado dos três suspeitos, Vinicius Dantas ao Jornal Correio. 

 

O advogado argumentou ainda que o morador de rua tentou roubar um cordão de ouro utilizado pelo designer, quando a briga física entre os dois começou. 

 

“O cara puxou o cordão de ouro, deu um soco no rosto do senhor Marcelo e após isso eles se defenderam. Eles se defenderam e houve uma luta corporal e eles imobilizaram esse rapaz e esperaram a polícia chegar”, afirma.

 

A defesa dos suspeitos ainda negou que a pessoa em vulnerabilidade social teria sido agredida pelo grupo e que a vítima pode ter morrido de outras maneiras. 

 

“O homem não morreu de agressão, o homem foi imobilizado, não existe um laudo ainda para se saber do que ele morreu, ele pode ter morrido de várias formas”, ressaltou Vinicius.

 

Já a defesa de Sérgio, afirmou que seu cliente não participou da agressão e que somente auxiliou e deu socorro às pessoas que estavam no local durante o momento.  

 

“Ele estava passando no momento do fato, os outros pediram por socorro, ele de pronto e imediato foi dar socorro. Chegando ao local do fato, ele ligou para a polícia para poder conter a situação, que eles estavam entrando em vias de fato, e apenas aconteceu isso. Meu cliente, inclusive, não era nem para estar aqui como suposto acusado, era para estar como testemunha do fato, porque ele presenciou”, afirmou o advogado Danilo Silva ao Correio.

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