Copom mantém Selic em 10,5% ao ano em meio a instabilidade no mercado e críticas de Lula

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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta quarta-feira (19) a decisão de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano em meio a um cenário de instabilidade no mercado financeiro e de pressão política. A decisão foi unânime. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os integrantes do Copom votaram para manter a taxa básica de juros no atual patamar, como já era esperado pelo mercado. Principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação, a Selic influencia as taxas de juros do país, entre elas, as dos empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A decisão interrompe uma sequência de sete cortes consecutivos da Selic, iniciados em agosto de 2023, com 0,50 ponto porcentual. No dia 8 de maio, o Copom confirmou o abandono do forward guidance da reunião anterior e decidiu reduzir a Selic em 0,25 pp, de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão foi dividida (5 votos a 4, com todos os indicados do presidente Lula favoráveis a um ritmo maior, de 0,5 pp).

A reação política ao Copom também foi um fator relevante a ser observado na decisão de hoje. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas a Campos Neto, acusando-o de ter interesses políticos e de prejudicar o país ao manter as taxas de juros elevadas. Por outro lado, Campos Neto foi homenageado pela Assembleia Legislativa de São Paulo e participou de um jantar com banqueiros e políticos, ao lado do governador Tarcísio de Freitas, no início da semana passada. Há especulações de que o atual presidente do BC possa vir a ser ministro da Fazenda caso Tarcísio decida concorrer à presidência em 2026.

Publicado por Carolina Ferreira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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