No dia 23 de novembro, o jovem atacante Ruan Pablo assinou seu primeiro contrato profissional com o Bahia, válido até 2027 e com uma multa de 200 milhões de euros (R$ 1 bilhão e 200 milhões). As cifras chamam atenção e geram a pergunta: por que um jogador que sequer estreou como profissional tem esse custo ligado a ele?
O advogado especialista em direito desportivo, Cláudio Klement Rodrigues, explicou o motivo. Segundo ele, a prática visa proteger os interesses do clube e valorizar o atleta.
“Conforme a Lei Pelé (Lei nº 9.615/1998), é obrigatório que os clubes formalizem contratos com atletas profissionais, incluindo cláusulas de rescisão. É comum haver multa para transferências nacionais e valores ainda maiores para transferências internacionais. A legislação busca garantir que qualquer transferência de jogador seja devidamente compensada, protegendo tanto o atleta quanto o clube, assegurando uma compensação justa caso ocorra”, afirmou.
Ruan Pablo chegou ao Bahia em 2019 e desde o ano passado vem atuando pelo time sub-20, conquistando destaque dentro do CT Evaristo de Macedo. No início deste ano, o jogador participou da pré-temporada do time profissional em Manchester, na Inglaterra.
“A estratégia do Bahia em estipular uma multa tão elevada visa desencorajar propostas de clubes interessados no talento emergente, garantindo uma compensação justa caso ocorra uma transferência. Isso é especialmente relevante no atual cenário do futebol, onde a valorização de jovens jogadores tem crescido exponencialmente. A inclusão de uma cláusula de multa rescisória desse porte não apenas protege os interesses financeiros do clube, mas também valoriza o atleta, demonstrando ao mercado seu potencial e a confiança depositada em seu talento”, completou.
Ruan Pablo foi relacionado pelo Bahia para compor o grupo tricolor na partida desta quarta-feira (24) contra o Atlético Goianiense, às 21h30, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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