O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou um pedido feito pelos advogados do ex-pastor e empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos bitcoins”, para que os aparelhos eletrônicos apreendidos pela Polícia Federal fossem devolvidos.
A defesa de Santos, que está preso desde 2021, solicitou ao STF amplo acesso às provas das investigações contra ele ou a devolução de notebooks, tablet e celulares apreendidos, alegando que esses dispositivos contêm provas às quais ainda não tiveram acesso.
A decisão de Gilmar em negar o pedido do “Faraó dos bitcoins” veio após a Justiça Federal do Rio de Janeiro informar que os advogados já tiveram acesso ao conjunto de provas e que existiriam riscos caso os aparelhos eletrônicos fossem devolvidos.
De acordo com informações apresentadas pela Polícia Federal à Justiça, há um alto risco de dissipação de patrimônio caso itens como computadores e celulares sejam devolvidos a Glaidson Acácio. Em um dos aparelhos, os investigadores identificaram uma carteira contendo criptoativos avaliados em R$ 74,2 milhões.
Segundo a PF, “existe uma grande possibilidade de que os demais aparelhos contenham softwares similares não identificados pela acusação penal. Além disso, é altamente provável que os dispositivos contenham registros de carteiras de criptoativos, frases de segurança e outros elementos capazes de facilitar a transferência, mesmo que remotamente, de criptoativos, o que poderia prejudicar a aplicação da lei penal”, relatou a PF à Justiça Federal, que posteriormente repassou a informação a Gilmar Mendes.
Glaidson Acácio dos Santos está detido preventivamente há quase três anos por um esquema de pirâmide financeira que movimentou R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021, e atualmente encontra-se na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
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