O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, assegurou que no Brasil não há possibilidade de acontecer o mesmo que está ocorrendo nas eleições na Venezuela. Durante uma palestra na Academia Brasileira de Letras (ABL) no Rio de Janeiro nesta terça-feira (30), Barroso destacou a atuação da Corte contra o voto impresso no Brasil, afirmando que isso ampliaria a chance de fraude eleitoral. Ele frisou o caráter eletrônico da votação no Brasil, com código-fonte aberto e acesso público um ano antes, enfatizando que as urnas não são vulneráveis a hacking.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por sua vez, criticou a condução do processo eleitoral na Venezuela pelo governo de Maduro, destacando que a gestão atual se afasta dos princípios democráticos, como lisura e transparência. Pacheco salientou em comunicado divulgado nesta terça-feira que a defesa da democracia não permite seletividade ou casuísmo, destacando a importância de apontar, prevenir e combater qualquer violação a esses princípios.
Em contraste com outras preocupações políticas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não vê gravidade nas eleições na Venezuela. Ele condicionou a entrega das atas ao reconhecimento do resultado que deu vitória a Maduro, mesmo sob suspeitas de fraude. Lula enfatizou que a situação após a votação é parte do processo democrático e que eventuais contestações devem ser submetidas à Justiça para decisão final a ser respeitada.
Após um processo eleitoral sob suspeitas de fraude, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo regime chavista, anunciou a reeleição de Maduro nas eleições presidenciais deste ano. Líderes contrários ao governo rejeitaram o resultado e declararam Edmundo González Urrutia como vencedor com 70% dos votos.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou as eleições presidenciais da Venezuela realizadas no domingo como alvo da mais grave manipulação. Em comunicado do secretário-geral Luis Almagro, a OEA acusou o regime venezuelano de repressão e manipulação dos resultados eleitorais de forma aberrante, distorcendo o desfecho do processo eleitoral.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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