A operação Disque 100 foi deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, com o objetivo de investigar uma “estrutura de obstrução de investigações de organizações criminosas por meio da divulgação de dados protegidos e corrupção de crianças e adolescentes”. Os principais alvos dessa ação são os blogueiros ligados ao governo Bolsonaro, Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, que tiveram mandados de prisão preventiva emitidos. As ordens não puderam ser cumpridas pois ambos estão morando no exterior – nos Estados Unidos e na Espanha, respectivamente.
A investigação aponta supostas ações dos blogueiros e seus colaboradores para expor e intimidar agentes da Polícia Federal que estão envolvidos em inquéritos no Supremo Tribunal Federal “com o intuito de atrapalhar as investigações”.
De acordo com a PF, os investigados teriam utilizado “crianças e adolescentes, assim como seus perfis em redes sociais” para atacar os policiais, utilizando a “condição de menoridade para esconder a verdadeira autoria das ações.
Os agentes estão realizando buscas em dois endereços ligados aos blogueiros e estão cumprindo nove medidas cautelares além das prisões. As ações foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e estão sendo realizadas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e no Distrito Federal.
A investigação está focada em possíveis crimes de corrupção de menores, divulgação de segredos e obstrução de investigações de organização criminosa.
Durante as diligências, o perfil da filha de Oswaldo Eustáquio fez uma publicação sobre a presença de policiais em sua residência. Segundo a Polícia Federal, a postagem ocorreu enquanto a adolescente ainda estava dormindo, o que indica o uso do perfil por “maiores de idade, inclusive responsáveis legais, para obstruir as investigações”.
Moraes determinou o bloqueio das redes sociais da filha de Oswaldo Eustáquio como parte das ações para “cessar os crimes”, conforme apontou a PF. A corporação informou que a conta de Mariana na rede X ainda está ativa devido ao descumprimento da ordem por parte da rede social controlada por Elon Musk.
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