No último domingo (18), milhares de indivíduos se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para participar da segunda edição da “Marcha para Exu”, um evento que celebra as religiões de matriz africana e busca fomentar o respeito e a diversidade religiosa. Inspirada na tradicional “Marcha para Jesus”, a marcha deste ano adotou o tema “Nunca foi sorte, sempre foi Exu”, ressaltando o papel central de Exu para seus seguidores, considerado como sentinela, mensageiro e protetor.
O evento contou com a presença de influenciadores e artistas de renome, como Ogan Vinícius, Mosselin e Ogan Ikaro, que realizaram apresentações em um trio elétrico, encantando o público com suas manifestações culturais e religiosas. A iniciativa foi concebida pelo influenciador Jhonathan Pires, que compartilhou em suas redes sociais o profundo significado do evento e a urgência de combater o preconceito em relação às religiões de matriz africana.
Pires ressaltou que a marcha, para além de ser um ato de fé, representa também uma resposta às manifestações de intolerância religiosa ainda presentes no Brasil. Em uma publicação, ele afirmou que “o dia 18 de agosto será marcante em nossas vidas”, enfatizando que Exu não deve ser interpretado como uma entidade demoníaca, mas sim como um símbolo de vida e alegria.
O caráter educativo da marcha se fez presente ao promover o conhecimento sobre as tradições religiosas de matriz africana e suas influências na cultura brasileira. A presença de agentes de segurança foi destacada como parte dos esforços para assegurar o bem-estar dos participantes e o respeito às diferentes manifestações de crença.
A “Marcha para Exu” vai além de celebrar a espiritualidade de seus seguidores, ela reafirma o direito à diversidade religiosa em um país tão diverso como o Brasil. Ao ocupar um dos locais mais emblemáticos de São Paulo, a Avenida Paulista, os participantes reiteraram sua identidade e a importância de lutar contra a discriminação e o preconceito.
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