Com troca de relator, CNJ prorroga investigação e mantém desembargador afastado por conceder prisão domiciliar a líder do BDM

Publicado:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu prorrogar por 140 dias o prazo de instrução do processo administrativo disciplinar (PAD) envolvendo o desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A possibilidade de colher provas e realizar diligências foi estendida a partir de 3 de agosto. Em conjunto com a prorrogação, a determinação de afastamento do desembargador foi mantida sem previsão de retorno.

Luiz Fernando Lima foi afastado de suas funções no TJ-BA em outubro de 2023 por decisão preventiva do CNJ, antes mesmo da abertura do PAD. Isso ocorreu após ele conceder prisão domiciliar a Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como Dadá, apontado como um dos líderes da facção Bonde do Maluco (BDM).

A autorização para a mudança no regime de prisão foi concedida durante o plantão judicial de 1º de outubro, resultando na fuga de Dadá, que enfrenta investigações por crimes como homicídios, tráfico de drogas e armas, além de lavagem de dinheiro.

Na nova decisão do CNJ, o conselheiro Guilherme Feliciano, atual relator do PAD, menciona a substituição na relatoria devido ao término do mandato do conselheiro Giovanni Olsson no CNJ, relator original do processo, em maio. Com isso, a responsabilidade passou automaticamente para Feliciano.

O início do PAD remonta a 15 de março deste ano e, conforme o relator atual, encontra-se em fase inicial. Esta não é a primeira prorrogação da fase de instrução, uma vez que o primeiro período de 140 dias expirou em 2 de agosto. O argumento para manter o afastamento sustenta-se no fato de que o contexto que levou à medida não sofreu alterações substanciais.

Desde que foi afastado, Luiz Fernando Lima tem buscado retornar ao cargo de desembargador do TJ-BA. Ele recorreu da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF), porém em abril, a 1ª Turma rejeitou unanimemente o pedido do magistrado, ratificando a determinação do CNJ. Anteriormente, em fevereiro, o ministro Luiz Fux negou um mandado de segurança, e em novembro do ano anterior, o STF já havia rejeitado outro pedido de segurança apresentado pelo desembargador baiano.

Comentários Facebook

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

VÍDEO: Nasce Benjamim, primeiro filho da influenciadora Lore Souza

Após uma longa jornada repleta de desafios e esperanças, Benjamim, o primeiro filho da influenciadora digital baiana Lore Souza, chegou ao mundo. A...

Maiara e Maraisa cantam com o vocalista da banda Magic! em show em SP

Na última sexta-feira, 25 de julho, o Arraiá das irmãs Maiara e Maraisa foi um verdadeiro espetáculo no Centro de Tradições Nordestinas, em...

Show de Bruno e Marrone é adiado e sofre mudança de local; entenda

A tão aguardada apresentação da dupla sertaneja Bruno & Marrone, que estava marcada para o dia 2 de agosto na Arena Fonte Nova,...