A Ascensão de Pablo Marçal frente a Nunes desafia a fidelidade dos apoiadores de Bolsonaro
O crescimento da popularidade do influencer Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo está colocando à prova a lealdade dos eleitores de direita em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está apoiando a reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Desde o início de sua pré-campanha, Marçal tem se apresentado como o verdadeiro representante do bolsonarismo na disputa pela liderança da maior cidade do país, mesmo diante da aliança estabelecida por Bolsonaro, que indicou o vice na chapa do candidato emedebista.
O candidato Pablo Marçal (PRTB) sugeriu durante um debate na Band que Guilherme Boulos (PSol) poderia ter envolvimento com drogas, gerando polêmica no evento.
Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Pablo Marçal emitiu declarações que chamaram a atenção nas redes sociais.
Após participar de um debate em São Paulo, Pablo Marçal concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa e se pronunciou sobre diversos assuntos em pauta.
Durante um evento político, Pablo Marçal discursou no palanque ao lado de Tarcísio de Freitas em 2022, consolidando seu posicionamento perante seus eleitores.
Uma imagem mostrando Pablo Marçal ao lado de João Doria também circulou nas redes sociais, demonstrando suas conexões no meio político.
Em outro debate, Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), e Guilherme Boulos (PSol) protagonizaram momentos de tensão e embates verbais.
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) oficializou o anúncio da entrada de Pablo Marçal na Câmara dos Deputados, fortalecendo sua representatividade no cenário político.Pablo Marçal é o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo. Em uma reviravolta surpreendente, Marçal ganhou terreno nas pesquisas, ultrapassando Nunes em sete pontos percentuais em apenas duas semanas, como indicado pela pesquisa Datafolha. Diante dessa ascensão, a campanha do atual prefeito conta com o apoio de Bolsonaro para tentar conter o avanço de Marçal.
Reconhecido como um “outsider” na política, Pablo Marçal se apresenta como alguém que luta contra o “sistema” vigente. Sua filiação a um partido de menor expressão e a exploração eficaz das redes sociais de maneira semelhante a Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018 têm sido estratégias bem-sucedidas em sua corrida eleitoral.
Por outro lado, a atual campanha em São Paulo tem revelado nuances interessantes, uma vez que Bolsonaro, que outrora representava uma quebra com o “establishment”, agora se aliou ao presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto. Juntos, apoiaram a coalizão de 12 legendas que defendem a reeleição de Nunes. Essa aliança é justificada como uma estratégia para impedir o avanço da esquerda, personificada por Guilherme Boulos, candidato apoiado por Lula.
Apesar de Boulos liderar a última pesquisa Datafolha, com 23% das intenções de voto, a ascensão de Pablo Marçal é um dos destaques do cenário político atual. Sua abordagem e estratégias têm atraído a atenção do eleitorado e se mostrado eficazes diante de um cenário político cada vez mais polarizado. A movimentação nos bastidores da campanha reflete um jogo político complexo, onde alianças estratégicas e candidaturas surpreendentes se tornam peças fundamentais na disputa pelo poder.Marçal viu sua escalada nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo, passando de 14% para 21% em apenas duas semanas, enquanto Nunes teve uma queda, indo de 23% para 19%.
Marçal vinha explorando sua proximidade com Bolsonaro para conquistar o eleitorado de direita na capital. Recentemente, um elogio do ex-presidente ao influenciador digital impulsionou essa estratégia, levando Nunes e seu vice, Coronel Mello Araújo (PL), indicado por Bolsonaro, a solicitarem ajuda ao ex-presidente para desfazer essa associação.
Na ocasião, Bolsonaro elogiou Marçal, chamando-o de “inteligente” e ressaltando suas virtudes em uma entrevista para uma rádio do Rio Grande do Norte, no último dia 15 de agosto. Durante a mesma conversa, Bolsonaro mencionou que Nunes não era o candidato dos seus sonhos.
Na última segunda-feira (19/8), enquanto os pesquisadores do Datafolha estavam realizando entrevistas com eleitores nas ruas, Bolsonaro distribuiu um vídeo a aliados defendendo a aliança com Nunes e solicitando votos para o prefeito. O vídeo rapidamente se espalhou pelas redes sociais e pelos noticiários.
Nos dias subsequentes, Marçal e o grupo liderado por Bolsonaro começaram a trocar críticas publicamente, revisitando declarações antigas do influenciador que criticavam o ex-presidente.
Em meio a um ambiente de tensão crescente, pouco antes da divulgação dos dados do Datafolha, Bolsonaro concedeu uma entrevista ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, oficializando a ruptura e afirmando que Marçal “não tem caráter”.
Todos os sinais apontam que Bolsonaro optou por intensificar seu apoio à reeleição de Nunes diante do avanço de Marçal, que passou a ser considerado uma ameaça, inclusive para o futuro político do ex-presidente.
Membros próximos a Bolsonaro, como o ex-Secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, acreditam que o impacto da atitude do ex-presidente só será percebido nas próximas pesquisas. Enquanto isso, a equipe de campanha de Nunes aposta que a postura dura de Bolsonaro em relação a Marçal possa impedir a migração de eleitores bolsonaristas para a candidatura do influenciador.
Por outro lado, a equipe de campanha de Marçal afirma que o eleitorado de direita não seguirá as orientações de Bolsonaro na corrida eleitoral de São Paulo, transformando a eleição em um grande teste de fidelidade dos eleitores conservadores ao ex-presidente.

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