A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou uma ajuda de US$ 135 milhões para combater os surtos de mpox na África. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou o plano desenvolvido pela agência da ONU para conter os surtos da doença, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, que surgiram na África. Segundo Tedros, o plano exige o montante de US$ 135 milhões nos próximos seis meses para controlar os surtos por meio de vigilância e resposta abrangentes.
Durante a 74ª sessão do Comitê Regional da OMS para a África, que contou com a presença de ministros da Saúde de 47 países africanos, o diretor-geral destacou a necessidade de uma resposta internacional complexa e coordenada para enfrentar cada um dos surtos de mpox. Tedros declarou uma emergência de saúde pública de preocupação internacional em decorrência da complexidade e dinamismo da situação, enfatizando a importância da colaboração entre os países afetados e o apoio da OMS e de outras organizações.
Mais de 21.500 casos de mpox e 591 mortes foram registrados em 13 países africanos desde o início do ano. Os países afetados pelos surtos incluem Burundi, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, Libéria, Quênia, Nigéria, Ruanda, África do Sul e Uganda, como divulgado pelo diretor dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças, Jean Kaseya.
A taxa de mortalidade do mpox foi de 2,9%, com 591 mortes reportadas desde o início de 2024. O África CDC e a OMS declararam a mpox como uma emergência de saúde pública, destacando a gravidade da situação devido à rápida expansão e alta letalidade da nova variante da doença no continente africano, bem como um caso identificado na Suécia em um viajante proveniente de uma região com circulação intensa do vírus.
A nova variante do mpox, conhecida como clado 1b, é distinta do clado 2, que causou um surto grave na África em 2022 e centenas de casos na Europa, América do Norte e outras regiões, levando à declaração de emergência de saúde internacional entre 2022 e 2023. A OMS alertou para a situação e a necessidade de investimento urgente para controlar a propagação da doença.
Com informações da EFE. Publicado por Marcelo Bamonte.
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