A Polícia Civil realizou uma ação chamada de “Criminalis Praxi” e fechou um consultório odontológico clandestino na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Além do fechamento do local, ocorreu a prisão em flagrante de um indivíduo por exercer ilegalmente a profissão.
A operação teve o objetivo de executar um mandado de busca e apreensão. Diversas equipes estiveram envolvidas, como a 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, a 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior e a Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sudoeste).
Durante a busca na clínica, foram encontrados produtos vencidos e instrumentos odontológicos sem esterilização. O local não tinha licença sanitária, e a sala de atendimento foi descrita como “insalubre”. O suposto profissional não tinha registro nem autorização para atuar como dentista ou técnico em prótese dentária.
Os materiais vencidos e uma caixa de perfurocortantes foram apreendidos para serem incinerados. O indivíduo também será responsabilizado por usar produtos sem registro em órgão fiscalizador competente, cuja pena máxima pode chegar a 17 anos de prisão.
Segundo o delegado Paulo Henrique de Oliveira, titular da Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, as investigações tiveram início em junho. Uma vítima relatou ter pago R$ 250 por um tratamento de canal em novembro de 2023, realizado pelo falso profissional, que a atendeu outras duas vezes.
Como consequência do procedimento, a vítima sofreu dores intensas, paralisia em um lado do rosto e parestesia, devido ao nervo trigêmeo atingido. Em 2 de dezembro do ano passado, ela foi internada em um hospital, permanecendo 38 dias hospitalizada, incluindo 12 na UTI, onde precisou de traqueostomia para drenagem de infecção causada pela extração do siso. Após a denúncia, foi aberto um inquérito policial para investigar os crimes de exercício ilegal da odontologia e lesão corporal grave por perigo de vida.
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