O Kremlin fez um pedido aos candidatos presidenciais dos Estados Unidos nesta quarta-feira (11) para que cessem as menções ao presidente russo, Vladimir Putin, durante o debate presidencial ocorrido recentemente. Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, expressou sua preocupação com o uso do nome de Putin como instrumento na política interna americana e destacou a esperança de que o presidente russo seja deixado em paz. Peskov também observou que os EUA mantêm uma postura negativa em relação à Rússia, independentemente do partido ao qual os candidatos pertençam.
Peskov ressaltou a importância de os eleitores americanos avaliarem seus candidatos, considerando que a Rússia também enfrenta seus próprios desafios internos. Ele refutou a ideia de que um simples telefonema poderia resolver o conflito na Ucrânia, como sugerido por Trump, enfatizando que a questão vai além disso e requer considerações mais amplas, como a revisão da política dos EUA em relação à Ucrânia. Putin ironizou as recentes declarações políticas, afirmando que anteriormente apoiava Joe Biden, mas agora demonstra apoio a Kamala Harris, seguindo a recomendação de Biden aos seus apoiadores.
Durante o debate, Harris fez menção à possibilidade de Putin estar em Kiev, indicando um cenário de tensão na Europa. Putin, por sua vez, demonstrou confiança em uma potencial vitória de Harris e sugeriu que ela poderia adotar uma postura menos dura em relação à Rússia do que seu concorrente. O presidente russo observou a expressividade do riso de Harris como um sinal positivo e destacou seu otimismo em relação a possíveis mudanças nas políticas de sanções adotadas pelos EUA, caso Harris vença as eleições.
Em suas declarações, Putin mencionou o apoio sarcasticamente dado a Biden no passado e a mudança para apoiar Harris, destacando que o Kremlin seguirá essa direção. O líder russo enfatizou a importância de observar a expressão facial de Harris como um indicador de sucesso e a potencial influência positiva que sua eleição poderia ter nas relações entre Rússia e EUA. As especulações políticas em torno das eleições nos EUA continuam gerando debates e reflexões sobre o impacto internacional de uma potencial mudança na Casa Branca.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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