Fim da escala 6×1: por que governo Lula está pisando em ovos com a PEC

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Após o tema tomar conta das redes sociais no último fim de semana, o governo Lula decidiu agir com cautela em relação ao debate da PEC que quer acabar com a jornada de trabalho 6×1.

Segundo ministros de Lula ouvidos pela coluna, o governo não pretende, pelo menos por ora, “entrar de cabeça” no assunto porque ainda não há nenhum tipo de diálogo estabelecido com o empresariado sobre o tema.

090924 IE presidente lula participa de reuniao sobre a sancao do projeto de lei n%C2%B0 2258 2022 0174 imagensGoverno se preocupa com avaliação dos empresáriosO ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se posicionou sobre a PECDeputada Erika Hilton é autora da propostaFechar modal.logo metropoles branca1 de 4

Lula avalia se posicionar sobre PEC que quer acabar com escala 6×1

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Governo se preocupa com avaliação dos empresários

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se posicionou sobre a PEC

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 4

Deputada Erika Hilton é autora da proposta

Wey Alves/Metrópoles @weyalves_

A avaliação no governo é de que, antes de se posicionar oficialmente, é preciso discutir as possíveis mudanças na escala de trabalho internamente e fora do Poder Executivo, com trabalhadores e empregadores.

Com base nessa avaliação, a ordem do Palácio do Planalto aos ministros do governo é, por enquanto, deixar o tema com o Congresso Nacional, onde a PEC foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSol-SP).

Nota de Marinho foi orientação de Lula

Enquanto Lula não se posiciona pessoalmente sobre o assunto, seus ministros sofrem forte pressão de integrantes da própria base aliada para apoiarem a PEC da parlamentar.

Para tentar aliviar essa pressão, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se pronunciou sobre o tema nesta segunda-feira (11/11), por meio das redes sociais.

Na mensagem, publicada no X, Marinho diz que tem acompanhado de perto o debate e que o tema exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada.

“O Ministério do Trabalho e Emprego tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, escreveu.

Marinho defendeu que a questão deve ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados e citou a redução da jornada para 40h semanas como “plenamente possível e saudável”, desde que acordada.

A postagem de Marinho, contudo, foi criticada por ministros do Planalto. A avaliação de auxiliares palacianos de Lula era de que o titular do Ministério do Trabalho não deveria ter se pronunciado agora sobre o tema.

Debate nas redes

A PEC de Erika Hilton prevê que a duração da jornada normal de trabalho não seja superior a oito horas diárias e 36 horas semanais. A proposta prevê que a escala seria de quatro dias de trabalho total e três de folga por semana.

Apesar do apoio popular, com um abaixo-assinado que reúne mais de 1,3 milhões de assinaturas,

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