O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, negou o pedido de liberdade do capitão da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Mauro das Neves Grunfeld. Ele foi preso em julho acusado de vender armas e munições para facções criminosas em uma operação que investiga uma organização especializada nesse tipo de comércio ilegal em Alagoas, Bahia e Pernambuco.
A defesa de Grunfeld pedia a revisão da prisão preventiva, que foi mantida pelo Tribunal de Justiça da Bahia. O ministro Flávio Dino alegou que as circunstâncias que levaram à prisão inicial não mudaram, justificando a necessidade de mantê-lo detido para preservar a ordem pública e que não houve ilegalidade nesse processo.
O capitão foi denunciado por organização criminosa armada e comercialização ilegal de armas de fogo em junho de 2024. As investigações revelaram um esquema de mercado clandestino no qual ele e outros membros da quadrilha adquiriam armas ilegais e as repassavam para facções criminosas na Bahia.
Durante a operação que resultou na sua prisão, foi apreendida uma arma de fogo registrada em nome de outra pessoa, munições de diversos calibres e documentos relacionados ao comércio ilegal. Registros financeiros demonstraram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para outro membro da organização criminosa em 35 transações, comprovando sua ativa participação no grupo.
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