O deputado federal e general da reserva Eduardo Pazuello teria visitado o Palácio do Alvorada após as eleições de 2022 para sugerir a Jair Bolsonaro uma ruptura democrática utilizando o artigo 142 da Constituição. Pazuello não está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado após as eleições. A proposta foi revelada em um áudio enviado por Mauro Cid a Freire Gomes, ex-comandante do Exército.
No áudio, Cid menciona que Pazuello sugeriu a Bolsonaro maneiras de aplicar o artigo 142, mas o presidente não demonstrou interesse. Essa conversa integra os relatórios da PF que embasaram a operação Contragolpe, realizada em 19 de novembro para deter militares e um policial federal envolvidos em supostos planos de golpe de Estado e para atentar contra figuras importantes do país.
Um dos detidos foi o general Mário Fernandes, que foi assessor de Pazuello na Câmara dos Deputados. Pazuello, por sua vez, afirmou que só soube da prisão de Fernandes através da imprensa e reafirmou sua confiança nas instituições do país e na integridade do general. Quando questionado sobre o áudio de Cid, Pazuello não se pronunciou. Antes de se tornar deputado, ele foi ministro da Saúde durante o auge da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021.
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