O relatório final da Polícia Federal sobre um plano golpista revela um documento encontrado na sede do PL com o coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto. O plano, chamado de Operação 142, tinha como objetivo impedir a posse do presidente Lula e previa ações como anulação das eleições e uso das tropas militares.
O documento sugeria a implementação da ruptura institucional após a derrota eleitoral de Bolsonaro, iniciando com a identificação de supostas arbitrariedades do Poder Judiciário desde 2019. O plano incluía a preparação de tropas, discursos em TV e intervenção militar no “dia D”, resultando na anulação das eleições e substituição dos ministros do TSE.
A PF afirma que Braga Netto e seu entorno tinham intenções golpistas, buscando subverter o Estado Democrático de Direito. Documentos apreendidos indicam que Braga Netto tentou acessar detalhes de uma delação premiada, e que houve conversas sobre tanques “prontos” da Marinha após a posse do presidente Lula. O texto do diálogo sugere a possibilidade de ocorrer algo em termos de ruptura institucional mesmo após a posse.
O comandante da Marinha na gestão de Bolsonaro, Alte Garnier, também foi indiciado pela polícia. Conversas entre pessoas identificadas como Cavaliere e Riva apontam que, se Bolsonaro rompesse com a Marinha, Exército e Aeronáutica seguiriam. Informações de uma reunião entre Bolsonaro, seu então vice Mourão e outros generais também foram compartilhadas.
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