A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) afastou o capitão Diogo Costa Cangerana, ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas, após sua prisão pela Polícia Federal na terça-feira. Ele é acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A prisão aconteceu durante a Operação Tai-Pen, que desmantelou três fintechs suspeitas de movimentar R$6 bilhões para a organização criminosa nos últimos cinco anos. De acordo com as investigações, Cangerana teria participado da abertura de contas usadas para lavar dinheiro do tráfico, com transações que chegaram a R$120 bilhões.
O afastamento de Cangerana foi determinado pela Diretoria de Pessoal da PM e é válido desde a data da prisão preventiva. Ele ocupou cargos na Casa Militar por mais de 12 anos e chefiava a segurança de Tarcísio de Freitas até setembro deste ano. Atualmente, estava lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
A Operação Tai-Pen foi autorizada pela 7ª Vara Criminal Federal. Durante as investigações, descobriu-se que Cangerana participou de ao menos 25 agendas do governador, incluindo uma viagem a Portugal em junho, para promover ações da Sabesp, e encontros em Brasília com autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira e os ministros do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux e Roberto Barroso.
A Polícia Militar e o governo estadual ainda não se pronunciaram sobre o caso.
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